A ocupação do prédio histórico da Maesa em Caxias do Sul anda a passos lentos. A transferência de dois departamentos para o complexo completou seis meses e a prefeitura ainda trabalha no projeto para revitalização de outra área, onde funcionava uma academia, para levar toda a estrutura da Secretaria de Segurança, incluindo a Guarda Municipal, para o local. No entanto, as definições sobre os demais espaços não avançam porque a comissão que estuda o que vai ser feito ficou boa parte do semestre parada.
O secretário municipal de Segurança Pública e Proteção Social, Clovis Pacheco, destaca que a transferência da estrutura de mais de 200 profissionais, sendo 174 da Guarda Municipal, ainda depende de uma série de etapas.
— Estamos em fase de orçamento de recuperação daquela área. Aquele espaço que pode ser ocupado não tem rede hidráulica, luz e tem de ser todo adaptado. Já temos a planta baixa feita pela Secretaria de Planejamento, fizemos alterações e agora estamos levantando o custo, para buscar os recursos e depois lançar a licitação — explica Pacheco, que prefere não dar previsão de quando este processo deve estar finalizado.
O espaço para onde será transferida a Secretaria da Segurança tem pelo menos dois andares na parte da quadra da Rua Plácido de Castro entre as Ruas Pedro Tomasi e Vereador Mário Pezzi. Hoje a estrutura está distribuída entre o Centro Administrativo e um edifício na rua Vinte de Setembro, no centro, onde fica a Guarda Municipal. Conforme a prefeitura, o aluguel do espaço onde atualmente fica a central da Guarda custa R$ 6,2 mil por mês, e o valor mensal de condomínio é de R$ 400.
Mesmo sem previsão, o projeto de transferência da Secretaria de Segurança ainda é o mais avançado, já que o restante da ocupação ainda aguarda definições. Ainda não se sabe o que será feito — se um teatro, cinema ou outra obra — e nem como será feito, embora se cogitem parcerias público-privadas. A demora, segundo o secretário da Cultura, Joelmir da Silva Neto, se dá porque é necessário um amplo debate antes de tomar decisões sobre a vocação do complexo. No entanto, ele admite que a comissão que trata do assunto está parada desde o ano passado. O secretário diz que em março foram retomados os contatos, mas algumas entidades não responderam o chamado da prefeitura.
A ocupação do complexo como um todo também depende da saída do Grupo Voges de parte do prédio. As etapas de desocupação foram estabelecidas por um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A Procuradoria-Geral do Município definiu no ano passado que a desocupação deve ocorrer até 31 de julho deste ano.