Mais de 70% das mortes que ocorreram em acidentes ou por doenças do trabalho no Rio Grande do Sul em 2016 não foram informadas ao INSS e nem aos órgãos fiscalizadores. É o que aponta o levantamento feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Ministério Público do Trabalho (MPT), divulgado na tarde desta quinta-feira (26), em Porto Alegre.
De acordo com o estudo, 506 trabalhadores morreram em decorrência de atividades trabalhistas naquele ano no Estado. No entanto, apenas 139 óbitos foram informados à Previdência Social. Com isso, 367 casos ficaram de fora dos sistemas dos órgãos fiscalizadores.
O levantamento mostrou que 206 óbitos eram de trabalhadores com carteira assinada no setor privado. As outras 300 vítimas eram pessoas sem carteira assinada, trabalhadores autônomos, produtores rurais, empregadores ou servidores públicos.