Dos cerca de 80 motoristas que operam com aplicativos de transporte de passageiros em Bento Gonçalves, 11 entregaram documentos para obter o registro. O dado é do setor responsável pelo processo na secretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana. Nenhum deles, no entanto, recebeu do município a licença que autoriza o serviço. Enquanto isso, os condutores não são multados no município.
Bento foi o primeiro município da Serra a aprovar legislação regulamentando o transporte de passageiros por aplicativo, que entrou em vigor em setembro do ano passado. Inicialmente, a administração municipal havia estipulado que os motoristas teriam um prazo até o final de 2017 para se cadastrarem e, a partir de 2018, os condutores sem registro passariam a ser autuados.
Entre as pendências, está um curso de Rotas Turísticas que os motoristas precisam fazer. Esse curso é ministrado para turmas. Um dos motoristas que representa os condutores, Fagner Guterres afirma que solicitou à Secretaria de Turismo uma data para o curso e aguarda resposta.
Guterres aponta que outra pendência é a emissão de guias de pagamento da taxa anual. Segundo ele, o município ficou de definir as formas de pagamento, se em cota única ou com parcelamento. A taxa para o motorista operar com o aplicativo é de cerca de R$ 480 por ano. Guterres diz que há resistência de uma parte dos motoristas com relação à taxa que devem pagar, por entenderem que deveriam ter mais retorno em serviços do município.
Os motoristas também precisam reunir mais documentos. Segundo Guterres, houve uma dificuldade para alguns em marcar consulta médica entre o fim do ano passado e o início deste ano para obterem o parecer exigido no processo.
Outra pendência é relativa ao cartão de 10cm x 15cm que os motoristas deverão colocar sobre o painel para se identificarem como condutores registrados. A prefeitura está definindo internamente questões como a cor do cartão e informações que devem constar no documento.