O estado de conservação das rodovias que cruzam o Rio Grande do Sul teve ligeira melhora em relação ao ano passado. Ainda assim, 62,2% dos trechos analisados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) são considerados péssimos, ruins ou regulares. O índice é meio ponto percentual abaixo do verificado em 2016, diante do avanço das estradas com classificação ótima ou boa, que passaram de 37,3% para 37,8%.
Entre os 8,8 mil quilômetros observados no Estado, o melhor resultado ficou com as rodovias concedidas à iniciativa privada, com aprovação de 56,3%. As geridas pelo poder público alcançaram 33,3% no mesmo quesito.
De acordo com o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, o resultado segue a tendência observada nos últimos anos em todo o país e é atribuído à queda do investimento no setor.
— O Rio Grande do Sul possui rodovias muito antigas, algumas dos anos 60 e 70, que não estão recebendo a devida atenção — avalia, ligando a queda na qualidade viária no Estado ao final de diversos contratos de concessão em 2014.
Embora pequenos avanços tenham sido percebidos desde o ano passado, a situação piorou se a comparação for ampliada. Enquanto em 2017 a soma de rodovias consideradas ótimas ou boas foi de 33,8%, em 2010 esse mesmo índice alcançou 66,8%.
O pior trecho é o formado pela RS-332 e pela BR-153, no trecho entre Vera Cruz e Soledade, no norte gaúcho. Também há pontos críticos na RS-020, que liga a Região Metropolitana à Serra; na RST-377, no noroeste; e na BR-470, no Vale do Jacuí.
No país, foram analisados mais de 105 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais. As classificações péssima, ruim e regular aumentaram para 61,3%. Em 2016, o índice era de 58,2%. A sinalização foi a variável que mais impactou o resultado.