A situação das rodovias estaduais e federais gaúchas, que já não era boa em 2014, está ainda pior neste ano, de acordo com uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), a principal do segmento.
Os números apontam que 18,3% dos trechos são ruins e 6,1% são péssimos. Outros 49,2% são regulares. Foram analisados 8.668 quilômetros de estradas nos seguintes critérios: pavimento, sinalização e geometria da via.
O levantamento mostra que a situação das rodovias gaúchas é pior do que a média nacional. Conforme a pesquisa, apenas 2,9% das estradas no Rio Grande do Sul são consideradas ótimas - contra 12,5% no país. Outros 23,5% são bons no Estado - no país, esse índice atinge 30,2%.
Confira o relatório da pesquisa, publicado pela CNT
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- O investimento em infraestrutura está longe de ser ideal no país. O que nos preocupa é que há trechos de rodovias no Brasil que não melhoram nunca. Em 10 anos, eles não apresentaram qualquer avanço - disse o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.
Em 2014, o levantamento da CNT mostrou que 302 quilômetros foram classificados como ótimos (3,6%) no Rio Grande do Sul. Já em 2013, o número foi de 5,3%. Os índices vêm caindo progressivamente ao longo dos anos: em 2010, 66% das estradas eram ótimas ou boas; em 2011, 62%; em 2012, 58,7%; e em 2013, 48,9%.
De todas as estradas que aparecem no estudo, somente a Rodovia do Parque (BR-448) é considerada ótima de maneira geral. A BR-290, no trecho entre Osório e Eldorado do Sul, a BR-116, no trecho de Guaíba, e a BR-392, entre Pelotas e Rio Grande, também foram consideradas ótimas, mas receberam a classificação regular pela CNT, que utiliza como critério a extensão total das rodovias. São boas, conforme a CNT, a RS-130 e a RS-240 e a BR-153, a BR-392 e a BR-470. Por outro lado, a RS-241, a RS-332 e a RS-640 e a BR-471 são péssimas.
A pesquisa da CNT percorreu e avaliou mais de 100 mil quilômetros de rodovias pavimentadas por todo o país, um acréscimo de 2.288 quilômetros (2,3%) em relação a 2014. De forma geral, 57,3% das estradas têm deficiências em pavimento, sinalização e geometria, sendo que 6,3% estão péssimas, 16,1% ruins e 34,9% regulares.
* Zero Hora