Em greve desde o dia 5 de setembro, os professores estaduais do Rio Grande do Sul paralisaram as atividades de forma parcial ou total em 42% das escolas do Rio Grande do Sul. O levantamento é da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), divulgado nesta quinta-feira (5). Os números não são consolidados, pois pelo menos quatro Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) não informaram os dados – incluindo a 1ª CRE, que abrange Porto Alegre.
De acordo com a Seduc, pelo menos 1.059 colégios estão afetados pela mobilização dos educadores, a maioria com aulas parciais.
Já o comando de greve afirma que a adesão dos servidores chega a 75%. Conforme a vice-presidente do Cpers, Solange Carvalho, a paralisação é maior do que a divulgada pelo governo.
— No mesmo dia em que temos a informação de algum professor que voltou à sala de aula, temos relatos de novas escolas que interromperam os trabalhos — garante Solange.
Na terça-feira (3), professores fizeram um ato em frente ao Palácio Piratini contra o corte do ponto dos grevistas anunciado pelo secretário estadual de Educação, Ronald Krummenauer. A categoria também é contra a demissão dos professores temporários que aderiram ao movimento.
O comando de greve pediu uma audiência com o governador José Ivo Sartori ou com o primeiro escalão do governo. Sem resposta por parte do Piratini, o Cpers marcou nova manifestação na próxima terça-feira (10), quando exigem serem atendidos pelo chefe do Executivo gaúcho.