O Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (CPERS), em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (29), no Gigantinho, aprovou a manutenção da greve dos professores estaduais por tempo indeterminado. A categoria está paralisada desde 5 de setembro.
Essa foi a primeira deliberação do magistério após o governo do Estado ter anunciado que vai priorizar o pagamento dos salários mais baixos do funcionalismo. Alguns professores, como Merici Gutjahr, de Santo Cristo, no norte do RS, acreditam que esta é uma estratégia do governo para desmobilizar a categoria.
– Eu recebi, mas isso não me satisfaz. O que me interessa é a luta por toda a categoria e não só a questão do parcelamento – diz Merici.
A aposentada Glaci Paulina Krann, de Santa Rosa, afirma que a decisão de pagar primeiro os salários mais baixos só vai atingir 23% dos aposentados e 43% dos professores na ativa.
– O restante da categoria vai receber somente no dia 11. Isso vai nos descapitalizar. Nós estaremos numa faixa de miserabilidade absoluta – desabafa Glaci, que não recebeu o pagamento.
Após a realização da assembleia, o grupo iniciou uma caminhada em direção ao Largo Glênio Peres, que seguirá depois até a Praça da Matriz. A Avenida Padre Cacique foi bloqueada no sentido bairro-Centro.