O furacão Irma tocou a terra na madrugada desta quarta-feira (6) na ilha de Barbuda e segue avançando pelo Caribe, onde seus ventos de 295 km/h podem provocar tempestades e ondas de até seis metros de altura. Nos Estados Unidos, a devastação provocada pelo Harvey – que foi alçado a furacão e depois rebaixado à tempestade – vai entrar para a história como uma das mais custosas do país.
Antes deles, vieram Gert, Franklin, Emily. Os próximos serão chamados de Jose, Katia e Lee. Como sabe-se disso antes mesmo de acontecer?
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É porque os nomes de furacões estão em listas anuais pré-definidas por ano e região – dependendo de a origem ser no Atlântico ou no Pacífico, por exemplo. Há 21 nomes em cada listagem, um para cada letra do alfabeto – excluindo Q, U, X, Y e Z, porque há poucas opções – e eles obedecem a ordem alfabética – é por isso que dificilmente há furacões que começam com as últimas letras do alfabeto.
A ideia de usar nomes surgiu nos anos 1950 para facilitar a sua identificação – antes disso, os furações eram identificado por sua localização em latitude e longitude, o que gerava confusões e dificultava à população lembrar deles e atentar a alertas. Após a mudança passaram a ser usados somente nomes femininos – uma homenagem às mães e mulheres dos homens do tempo.
No final da década de 1970, a Organização Meteorológica Mundial (WMO) passou a incluir também denominações masculinas e, desde então, revezam com as femininas.
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Atualmente, existem seis listas de denominações, que são reutilizadas a cada seis anos. Ou seja, em 2023 poderemos ter um novo furacão Irma e outro Harvey.
Uma das curiosidades é que, quando um furacão é muito devastador como o Katrina que, em 2005, matou mais de 1,8 mil pessoas no sul dos Estados Unidos, e o Sandy, que, em 2012, varreu Nova Jersey e Nova York, deixando mais de 120 mortos – seus nomes são removidos das listas.
Outra informação curiosa diz respeito à gravidade dos furacões: pesquisadores descobriram que furacões com nome de mulher matam quase o dobro de pessoas do que furacões "masculinos". A hipótese é que muitos subestimam os fenômenos de denominação feminina e acreditam que furacões masculinos sejam mais violentos e mortais.