A Polícia Civil confirmou que a jovem de 26 anos encontrada morta em Itaara, na Região Central, no começo desta semana, estava grávida. O delegado Eduardo Machado, responsável pelo caso, já solicitou um laudo para apontar a idade certa do feto – que, conforme relatos do médico que fez a necropsia, tinha entre três e quatro meses. Depois disso, a polícia tentará investigar se a gravidez teria sido uma das motivações para o assassinato.
O corpo de Taísa Macedo de Paula foi encontrado por um morador na última terça-feira (18), parcialmente enterrado, na localidade de Rincão da Limeira, no interior do município. Um homem de 34 anos foi até a delegacia e confessou ter matado a jovem com um golpe de martelo, e apontou o local onde estava o corpo.
A vítima estava desaparecida desde o dia 12 de junho e, mesmo sem a confirmação do laudo pericial, a polícia tem convicção de que o corpo é de Taísa, pois além do local onde o corpo foi encontrado ser o mesmo que o suspeito apontou, o cadáver estava com as mesmas roupas com as quais Taísa foi vista pela última vez.
Conforme o relato do homem aos policiais, Taísa era sua amante. Ele é casado, tem filhos e mora em Santa Maria. O relacionamento do suspeito com a vítima teria começado em novembro do ano passado.
Recentemente, segundo o homem, Taísa vinha o forçando a assumir o relacionamento, e os dois acabaram discutindo. O homem levou a jovem até um caminho deserto, no interior de Itaara, para que pudessem conversar. Foi quando ela teria pego um martelo do carro e começado a agredir o homem. Ele tomou a ferramenta da mão dela e atingiu a vítima, que morreu no local.
De acordo com o delegado, a família de Taísa foi ouvida e ninguém citou a gravidez. Ainda não é possível confirmar se o feto seria do autor do crime, pois para que seja feito um exame de paternidade é preciso que ele doe, voluntariamente, amostras do DNA.
"Já estamos com a autoria esclarecida, o fato já está esclarecido. Em razão dessa informação de que ela estava grávida, nós vamos investigar se o fato contribuiu para a motivação, se ele tinha conhecimento ou não. Mas essencialmente, a investigação está pronta. O que falta é o recebimento da prova material, dos documentos que eu preciso juntar ao inquérito" Diz o Delegado Eduardo.
O homem não foi preso porque, além de não ter antecedentes policiais, ele tem casa e emprego fixo, e não tentou fugir da polícia em nenhum momento. O homem vem sendo monitorado pelos policiais desde que confessou o assassinato.