Após ter dois pedido negados pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), nesta terça-feira (9), os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ingressaram com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar adiar o depoimento do petista ao juiz Sergio Moro, programado para esta quarta-feira (10), na Justiça Federal em Curitiba.
Nesta terça-feira (9), o TRF4 emitiu duas decisões desfavoráveis ao ex-presidente, negando pedido de adiamento do depoimento e a possibilidade de gravar o interrogatório de forma independente.
Leia mais:
Atividades do Instituto Lula são suspensas pela Justiça Federal
Justiça mantém depoimento de Lula a Moro para esta quarta-feira
Mantida a decisão que proíbe Lula de gravar depoimento a juiz Sergio Moro
Ao todo, a defesa de Lula protocolou três recursos na Corte. Desses, dois repetem pedidos negados pelo TRF4. O primeiro pede que o STJ considere Moro suspeito para julgar a ação penal – que investiga a reforma em um triplex no Guarujá e o armazenamento de objetos após a saída de Lula da presidência – e a suspensão do processo até uma análise definitiva.
A segunda apelação tenta suspender o processo por 90 dias. Segundo a defesa, o tempo é necessário para analisar documentos anexados recentemente ao caso. Essas duas manobras provocariam o adiamento do testemunho do petista.
O terceiro agravo pede que todo o interrogatório do ex-presidente seja gravado por uma equipe particular.
O ministro Félix Fischer, responsável pelos recursos da Lava-Jato na Corte, será o relator dos pedidos. O depoimento de Lula marcado para esta quarta-feira (10) é referente ao processo em que ele é réu na Lava-Jato sob a acusação de receber vantagens indevidas da empreiteira OAS, quando era presidente da República. Segundo a denúncia, ele seria o beneficiário de um apartamento no Guarujá e da reforma de um sítio em Atibaia, ambos no estado de São Paulo.