A sede da Rede Gazeta, na Ilha de Monte Belo, em Vitória, foi atingida por quatro tiros durante a madrugada. Eles foram disparados em direção a um auditório que serve como local de reuniões e eventos. Ninguém estava no local no momento dos disparos.
Os tiros atingiram as vidraças que ficam voltadas para uma das ruas do entorno da Rede Gazeta. Seguranças da empresa fizeram uma ronda pelo prédio e encontraram os cartuchos deflagrados. Eles eram de um armamento calibre ".40".
Leia mais:
VÍDEO: com caos na segurança, Vitória tem ruas vazias e medo generalizado
Risco de greve da PM em outros Estados preocupa o Planalto
Reunião entre familiares de PMs e governo capixaba termina sem acordo
Em entrevista ao telejornal Bom Dia ES, da própria emissora, o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, afirmou que as balas serão encaminhadas para perícia e poderão ser rastreadas caso tenham sido disparadas por armas que pertencem às forças de segurança do Estado.
Repúdio
Em nota, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) lançou nota de repúdio ao ataque ao prédio da Gazeta. Leia na íntegra:
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudiam o ataque na madrugada desta quinta-feira (9) à sede da Rede Gazeta, em Vitória (ES), onde funcionam todos os veículos de comunicação do grupo - emissoras de rádio e de televisão, jornais e sites.
O prédio da emissora foi atingido por quatro tiros que quebraram as vidraças do auditório, onde são realizados eventos e reuniões. No momento do atentado, não havia nenhum funcionário no local.
Após os disparos, os seguranças da empresa fizeram uma ronda na região e acharam os projéteis e as marcas de bala.
As associações registram ainda, com grande repercussão, as ameaças e agressões que os jornalistas do Espírito Santo têm recebido em função da cobertura dos recentes episódios no Estado.
Ao mesmo tempo, alertam para a disseminação de notícias falsas pelas redes sociais, gerando desinformação e insegurança. Trata-se de mais uma demonstração da importância fundamental do jornalismo profissional para a sociedade.
Caos na segurança
A crise na segurança pública chega ao sexto dia nesta quinta-feira. A movimentação de pessoas nas ruas é pequena. Os ônibus urbanos, que chegaram a circular com frota reduzida no início da manhã, foram recolhidos às garagens por volta das 8h30min por determinação do Sindicato dos Rodoviários.
Carros particulares e a frota de táxi trafegam normalmente pelas principais vias da cidade.