A prefeitura de Pinhal Grande decretou situação de emergência nesta terça-feira. O prefeito Selmar Durigon (PT) já cogitava essa possibilidade pelo fato de Ariosto da Rosa, 41 anos, suspeito da chacina na cidade, na terça-feira da semana passada, ainda estar foragido.
Ele é apontado como autor dos assassinatos, a tiros, de Bianca Moraes Salles, 16 anos, Iran Gonçalves dos Santos, 10, Alex Cardoso Leal, 17, e Afonso Gonçalves, 60. A principal justificativa do chefe do Executivo é que "os serviços municipais de educação e saúde estão sendo prejudicados por conta do risco de vida que está acometendo toda a sociedade".
Além disso, no decreto nº 1.889, o prefeito traz algumas informações acerca das buscas e das investigações em relação a Ariosto, a exemplo do tópico em que o documento fala que o suspeito "já demonstrou alto grau de periculosidade, tendo em vista que investiu contra os policiais, quando da tentativa de sua recaptura". Esse fato aconteceu na sexta-feira. Em um primeiro momento, a polícia divulgou apenas que havia avistado Ariosto, mas que ele havia conseguido fugir pelo mato. No entanto, foi confirmado que houve troca de tiros entre o suspeito e os policiais.
Outro ponto se refere a uma situação preocupante. De acordo com o que consta no decreto, "o criminoso retornou à casa dos pais da vítima Iran, com o objetivo de praticar homicídio contra o restante da família". Em outro trecho, o documento diz que Ariosto "não se trata de um simples foragido (...) mas sim de um psicopata que matou suas vítimas friamente e continua, segundo as investigações, com o intuito de prosseguir cometendo crimes de homicídios".
Além disso, o decreto prevê prioridade em procedimentos administrativos para ajudar a aumentar o apoio logístico no policiamento, como compra de combustível e equipamentos. Também pede reforço do efetivo policial na cidade e, caso não seja possível, será solicitado o apoio da Força Nacional de Segurança.
O decreto é válido por 30 dias e prorrogável por mais 30.