Pouco menos de 24 horas depois que Andressa Thomazi Schimidt, 30 anos, foi encontrada morta dentro do porta-malas do Corsa que dirigia, o veículo passou por perícia. Por volta das 19h30min de terça-feira, três agentes do Instituto-Geral de Perícias (IGP) foram até o Colpo Guinchos, na Faixa Velha de Camobi, onde o carro está recolhido, para fazer o teste de luminol. A perícia visa procurar vestígios de sangue ocultos ou invisíveis a olho nu. Em três locais do veículo o produto químico reagiu e apresentou a luminosidade azulada.
Em um primeiro momento, os peritos procuraram locais que aparentemente havia sinais de sangue. Depois aplicaram o luminol, que é formado por substâncias químicas como carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que reagem com o ferro que contém no sangue. O primeiro local que foi encontrado um pequeno vestígio foi na soleira da porta do carona, na parte de dentro do veículo. O segundo foi uma grande marca no banco ao lado do motorista. E, por fim, como esperado, no porta-malas, onde estava a vítima. Os materiais foram coletados e serão enviados para laboratório para confirmar se trata-se mesmo de sangue, e se é da vítima.
O delegado Gabriel Zanella, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DHD), que investiga o caso, diz que o luminol é mais uma perícia importante para buscar o que aconteceu. A principal linha de investigação é homicídio.
– É uma investigação bastante complexa e sigilosa. Não vou divulgar os passos que estamos dando e nem os que vamos dar, sob pena do nosso trabalho, que é extremamente desgastante, ser jogado por água abaixo. Todas as perícias são importantes – reforça.
Se confirmado, esse pode ser o 38º homicídio do ano em Santa Maria.