Uma fêmea de sapo-cururu precisou ser submetida a um procedimento cirúrgico para a retirada dos ovos de seu ovário na última sexta-feira. Isso porque ela apresentou alterações no corpo, dificuldade para se alimentar, alterações no comportamento, inchaço e não realizava a postura dos ovos desde que o seu companheiro, um sapo macho, morreu.
Contudo, para que pudessem descobrir o que havia com a fêmea de sapo-cururu, ela precisou ser transferida de Chapecó, em Santa Catarina, para Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul. Durante os exames realizados na Universidade de Passo Fundo (UPF), foi diagnosticada com distócia, ou seja, ela tinha dificuldade com a postura para ovular e sentia forte desconforto.
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Para solucionar o problema, a professora Michelli de Ataide, da UPF, em parceria com o médico-veterinário Maurício Veloso Brun, professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) realizou uma ovariectomia para retirar os ovos excessivos.
Michelli, que é coordenadora do Grupo de Estudos de Animais Silvestres da UPF, explicou que a fêmea do sapo-cururu necessita do abraço do macho para expulsar os óvulos, enquanto ele libera o esperma na água para que a fecundação ocorra.
– Na ausência do macho, ela não fez postura, mesmo com as manobras dos biólogos tentando imitar esse abraço – disse.
Também auxiliaram nos exames e na cirurgia acadêmicos, residentes e docentes da Universidade de Passo Fundo.
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* Diário Gaúcho