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Bom exemplo

Balizas precisam de ajuda para brilhar ainda mais em Canoas

Grupo de alunas de escola estadual do Bairro Guajuviras ensaia e faz bonito em eventos

Carlos Macedo / Agencia RBS
Meninas precisam de malhas, saias e sapatilhas

Mais do que demonstrar graça e habilidade física ao som da banda marcial, o grupo de balizas da Escola Estadual Cônego Leão Hartmann, de Canoas, é a prova de que a música e a dança podem ser o primeiro passo de um caminho diferente para
15 meninas do Bairro Guajuviras.

De acordo com a professora do segundo ano Caroline Tarragô, coordenadora do grupo, a partir de ensaios e apresentações, a timidez e o medo das críticas estão sendo vencidos. As meninas estão mais confiantes, com a autoestima elevada e até melhoraram o rendimento escolar.

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Para continuar com os benefícios da atividade, porém, o grupo está em busca de ajuda. Embora já tenha feito apresentações em eventos do município, as meninas não possuem um uniforme.

Descalças

- Elas usam o que têm, uma legging, um shortinho. Organizamos uma vaquinha entre as professoras e fizemos saias, para ficarem mais bonitas. Algumas vão descalças porque não têm tênis e de chinelinho é ruim porque podem cair - conta Caroline.

A professora chegou a pesquisar o preço do uniforme - malha, saia e sapatilha -, que custaria R$ 60 por menina. O improviso se estende também aos elementos utilizados pelas meninas:

- Tudo foi confeccionado por nós. As balizas são canos de PVC, as fitas têm canudo, fita e argolas de chaveiro - revela Caroline.

Mesmo sem as condições ideais para acompanhar a banda, as meninas vêm demonstrando muita dedicação.

- Elas são show, muito empenhadas - explica a professora.

Muito orgulho

Criado no ano passado, com o objetivo de acompanhar a banda comunitária da escola, que envolve 75 alunos com idades entre dez e 17 anos, o grupo de balizas é formado por meninas do terceiro e quarto anos do ensino fundamental, com idades entre oito e nove anos.

A professora Caroline conta que recorreu ao seu tempo de colégio e a algumas pesquisas para ensaiar as meninas. Os encontros são semanais.

A primeira apresentação foi na Semana do Idoso, em outubro do ano passado. No Natal, as meninas se apresentaram no Parque Eduardo Gomes.

Capricho nas coreografias

Estrelinhas

A estudante Isabella Moraes, nove anos, do quarto ano, já sabia virar estrelinha quando entrou no grupo e tratou logo de ensinar as colegas.

- Eu tenho muito orgulho de participar - emociona-se a menina.

A colega Joana Vaz da Silva, oito anos, do terceiro ano, era a porta-bandeira. Hoje, é só sorrisos como baliza. Graziele da Rosa da Silva, oito anos, também está empolgada com a dança:

- Eu adoro virar estrelinha!

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