As más condições da ERS-122, em Caxias do Sul, não têm prazo para acabar. Mais de seis meses após o Pioneiro percorrer cerca de nove quilômetros, entre Forqueta e Monte Bérico, e encontrar placas caídas, tortas e manchadas, a situação não mudou. E o pior: os motoristas não podem criar expectativas para melhorias, já que o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) afirma, via assessoria de imprensa, que, no momento, não dispõe de contrato de sinalização com empresa terceirizada devido à difícil situação financeira do Estado.
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O órgão, no entanto, ressalta que não descarta uma parceria com as prefeituras de Caxias e Farroupilha para melhorar as condições da rodovia. Por e-mail, a assessoria destaca que "não compete aos municípios a conservação das placas de sinalização da rodovia sob jurisdição do Daer. Contudo, ajuda para recuperação dos suportes e revitalização dos dispositivos de sinalização seria bem vinda". O Chefe de Gabinete de Caxias, Agenor Basso, afirma que o município sempre tem interesse em melhorias, mas que não há contato com o Daer em relação à situação da ERS-122:
- A prefeitura já está assumindo muita coisa e destinando valores para diversas áreas. Assumir mais as estradas é demais. Seria bom se o Daer tomasse a iniciativa de uma vez, pelo menos limpando a frente das placas. Não há essa demanda aqui no Gabinete, mas a Festa da Uva pode estar agilizando essas ações em função da recepção aos turistas.
Edson Néspolo, presidente da Festa, lamenta a situação da ERS-122, principalmente na entrada de Caxias. Ele garante que entrará em contato com o Daer para agilizar as melhorias. Mas também não indica prazo para o encontro:
- Essa é uma luta que vamos travar. Aquela entrada é uma vergonha. Estamos planejando para logo, só dependemos de detalhes em uns projetos. Vamos intensificar essa cobrança.
Outro problema da ERS-122, a falta de corte na vegetação nos canteiros da rodovia, também parece estar longe do fim. Previsto para começar no dia 11, o trabalho entre Caxias e Farroupilha foi adiado e não tem prazo para início. O corte seria realizado por uma empresa subcontratada pela Encopav, responsável pela conserva das rodovias da Serra, mas por motivos técnicos ainda não iniciou.
Por meio da assessoria, a 2ª superintendência Regional do Daer, de Bento, informou que a empresa do contrato vem trabalhando na montagem de equipe para a rodovia, mas antes precisa resolver questões operacionais. O impasse seria que essa empresa subcontratada, que não é da Serra, precisaria alugar um imóvel para abrigar os trabalhadores que farão a roçada. Sendo assim, não pode informar a data exata para início da atividade, mas ressalta que o serviço deverá ser priorizado.
