Técnicos do setor de inteligência da Secretaria da Segurança Pública, acompanhados de funcionários da Assembleia Legislativa, realizam na manhã desta terça-feira uma varredura no gabinete do deputado Mário Jardel (PSD), alvo de um inquérito no Ministério Público por desvio de dinheiro do Parlamento. O objetivo é procurar equipamentos de possíveis escutas clandestinas.
Corregedor vê indícios de armação contra Jardel e solicita fechamento de gabinete para pente-fino
O pedido para o procedimento foi feito pelo corregedor da Assembleia, Marlon Santos (PDT), após o que chamou de "minirreviravolta" na investigação sobre a suposta quebra de decoro parlamentar do ex-atleta. Na última quinta-feira, ex-funcionários de Jardel falaram a Marlon por mais de seis horas e reforçaram a tese dos advogados do parlamentar de que ele teria sido vítima de uma armação.
O Corregedor, que no início da semana chegou a classificar como "irrefutáveis" as provas contra Jardel, disse no final da semana passada que "há fortes indícios de armação", e por isso fez o pedido de varredura.
Cada sala leva em torno de quatro horas para ser analisada e, se algo for encontrado, será encaminhado para exame do Instituto Geral de Perícias (IGP).
Esta é mais uma etapa da operação Gol Contra, deflagrada no final de novembro, quando investigadores do Ministério Público e agentes da Polícia Civil cumpriram mandados de busca e apreensão no apartamento de Jardel e no gabinete dele na Assembleia, além de outros seis endereços.
Entre as acusações contra o deputado, está o supostos desvios de verbas da Assembleia Legislativa.