Ao deixarem o jantar de Natal oferecido por Renan Calheiros (PMDB-AL) na noite de quarta-feira, senadores tucanos comentaram a condenação do ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente nacional do PSDB, Eduardo Azeredo.
Ele foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão por envolvimento no esquema conhecido como mensalão tucano, por meio do qual foram desviados recursos de estatais mineiras para sua campanha à reeleição do governo de Minas em 1998.
- Confiamos na inocência dele, mas a lei é para todos - afirmou o líder do partido, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
A condenação se refere a crimes de lavagem de dinheiro e peculato em um esquema que desviava verba de empresas estatais mineiras para sua campanha à reeleição do governo de Minas em 1998. Cunha Lima também lembrou que cabe recurso da decisão.
- Lamentamos a decisão, todos gostamos muito de Azeredo, mas vai ter segunda instância. A forma de defendê-lo jamais será atacando ou criminalizando a justiça, como faz o PT - afirmou, garantindo que não há uma ação organizada de defesa do PSDB.
O senador Paulo Bauer (PSDB-SC) também confirmou que Azeredo vai entrar com recurso da decisão. Ele relatou que outros senadores comentaram durante o jantar o fato de a pena ser mais que o dobro da imputada ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), condenado pelo crime de corrupção ativa no Mensalão do PT. Dirceu foi preso em novembro de 2013 e condenado a sete anos e onze meses de prisão.
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