Dois novos naufrágios ocorreram neste domingo (1º) no Mar Egeu, ao largo das ilhas gregas de Samos e Agasthonissi, causando a morte de ao menos treze migrantes, incluindo seis crianças.
O primeiro naufrágio ocorreu a 20 metros da costa de Galazio de Samos, quando uma embarcação de seis metros de comprimento naufragou. Dez pessoas, incluindo quatro bebês e duas crianças, foram encontradas mortas por afogamento na cabine do barco, proveniente da costa turca. Quinze pessoas sobreviveram ao naufrágio, enquanto dois migrantes foram dados como desaparecidos, segundo a Guarda Costeira grega.
Além disso, um barco da Frontex, a agência de monitoramento das fronteiras da Europa, que navegava ao largo da ilhota de Farmakonnisi, perto de Samos, recuperou dois corpos, enquanto três migrantes foram transferidos com segurança para Samos. De acordo com suas declarações, a embarcação em que estavam, junto com outras 15 pessoas, naufragou em águas turcas.
- (As autoridades gregas) continuam com as buscas na área para encontrar os migrantes desaparecidos neste naufrágio, que provavelmente ocorreu ao largo da costa da Turquia - informou à AFP uma funcionária da assessoria de imprensa da polícia portuária grega.
Estes novos acidentes somam-se a uma dúzia de naufrágios que ocorreram desde segunda-feira (26) ao largo da ilha grega de Lesbos, no noroeste do Mar Egeu, e Rhodes Kalymnos, localizada no sudeste do mar que separa a Grécia da Turquia, e que fizeram cerca de 60 vítimas, sendo mais da metade delas crianças.
Desde o início do ano, as chegadas por via marítima à Grécia atingiram a cifra de 580.125, de acordo com dados revisados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), de um total de 723.221 que chegaram no Mediterrâneo.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, falou na sexta-feira para o Parlamento grego sobre estes naufrágios, "uma tragédia humanitária" e uma "desgraça" para a Europa, de acordo com ele.
Alexis Tsipras deve visitar Lesbos esta semana com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schultz, de acordo com o primeiro-ministro.
* AFP