Depois de 19 dias de ocupação e de um mandado de reintegração de posse da Justiça de São Lourenço do Sul, cerca de 400 famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra deixaram a propriedade na última quarta-feira (4). No entanto, os sinais deixados pelos integrantes do MST ficaram por todo lado. Máquinas, tratores, paredes e dois carros da propriedade foram pichados com mensagens de que o grupo voltará.
Eles alegavam que a Fazenda Sol Agrícola de cerca de 700 hectares é improdutiva e querem assentar famílias no local.
Na propriedade, o grupo escreveu a sigla MST nas terras e em frente à sede da fazenda ficaram o resto das barracas, muito lixo e até aparelhos danificados. A ação foi condenada pelo sindicato rural de São Lourenço do Sul. “O cenário encontrado foi de guerra”, disse presidente Luiz Roberto Saalfeld. Nove ônibus deixaram a propriedade e voltaram para assentamentos em Tapes, Eldorado do Sul, Pelotas, Encruzilhada, Candiota e Candelária.
Ninguém da fazenda quis gravar entrevista, apenas informaram que estão calculando o valor dos prejuízos. Segundo uma das líderes do grupo, as pichações ocorreram durante a noite, sem conhecimento da coordenação do movimento. Ela disse ainda que o responsável pela ação será identificado e excluído do grupo. A depredação do local foi registrada no documento de reintegração de posse.