A pausa no aguaceiro que desabou sobre o Rio Grande do Sul nos últimos dias será curta. Uma nova onda de instabilidade colocará o Estado sob mau tempo a partir desta quarta-feira, segundo Bianca Lobo, meteorologista da Climatempo. Os mapas de previsões apontam temporais começando pela Fronteira Oeste no começo da tarde de quarta, com a chuva chegando também à Região Central no decorrer do dia. Na madrugada de quinta, e ao longo de todo dia, o mau tempo se intensifica cobrindo também Porto Alegre em direção à faixa leste do Estado.
- A previsão é de que nestas regiões o volume de água acumulado fique entre 150mm e 200mm, equivalente ao que foi atingido entre os dias 7 e 10 de outubro - diz Bianca.
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Na madrugada de sexta-feira, segundo a meteorologista, a instabilidade se dirige para as regiões da Serra e Norte do Estado. De acordo com o Climatempo, o Rio Grande do Sul deverá ter outra trégua da chuva no próximo final de semana, com a chegada de uma massa de ar frio e seco que fará baixar a temperatura.
Diante destas previsões, a Defesa Civil estadual segue em alerta com a possibilidade de ser ampliado o número de desabrigados pelas chuvas, que, no começo da tarde de segunda-feira, era de 24.443 pessoas.
- Estamos com 13 equipes mobilizadas em todas as regiões do Estado apoiando os municípios atingidos pelas chuvas. Entre as prioridades, estão a instalação de abrigos coletivos e a distribuição de telhas, lonas e cesta básicas. Contamos também com apoio da Defesa Civil nacional em kits de dormitórios e higiene - afirma o tenente-coronel Alexandre Martins, chefe da Defesa Civil estadual.
Veja imagens sobre a cheia histórica do Guaíba:
Técnicos da Defesa Civil, destaca o tenente-coronel Martins, estão em Brasília para agilizar junto ao governo federal um pronto auxílio às prefeituras que formalizarem a situação de emergência. Na avaliação do oficial, municípios às margens do rios Uruguai, Jacuí, Taquari e dos Sinos, além das ilhas da Região Metropolitana, estão sendo monitorados em razão da tendência de seus níveis não baixaram após a interrupção das chuvas:
- O Rio Caí é único com tendência de baixa neste momento, mas a volta das chuvas deve complicar uma situação que já não é favorável.
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O oficial reforça o alerta de que a população das áreas atingidas sigam as instruções de segurança em caso de necessidade de desocupação de suas casas.
- Em regiões como a do rio Jacuí, conseguimos trabalhar com uma antecipação de 24 horas. Esse chamado delay na Região Metropolitana é de oito horas, mas os moradores ali, por não estarem tão acostumados com as cheias, relutam em deixar suas casas, deixam para a última hora, para quando a água começa a subir, o que pode ser perigoso. Infelizmente, existe também o temor de saques, situação que buscamos controlar com apoio do policiamento. Estamos com técnicos reunidos junto ao governo federal, em Brasília, fara agilizar um ponto auxílio a municípios que venham a formalizar uma situação de emergência.