A tradicional junção de calouros e veteranos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que a cada início de semestre atrai milhares de pessoas à Praça Saturnino de Brito, ainda segue sem alternativas. Mas, o primeiro passo para uma discussão que promete ser longa já foi dado. Na quarta-feira, pela primeira vez, o reitor da UFSM, Paulo Burmann, participou de uma reunião do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M), que tem discutido a situação nos últimos meses.
A junção, que já era sinônimo de dor de cabeça para a vizinhança do local, virou preocupação do poder público. Em agosto, um homem morreu atingido por um tiro na praça. Desde então, entidades têm sugerido outros locais para atrair o público. Como e onde vão ocorrer as mudanças ainda não se sabe, mas isso deve ser discutido em outras reuniões entre prefeitura e UFSM. A intenção é que a nova proposta seja colocada em prática no próximo começo de aulas, em março do ano que vem.
- Foi uma primeira abordagem conjunta sobre este assunto, mas ainda não há nada definido. Falamos sobre a importância de criar atrativos em espaços adequados, com segurança e de fácil acesso. Na reunião foi sugerido o campus, mas ainda é preciso discutir uma série de questões, inclusive legais - explica Burmann.
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Na reunião, o reitor também falou de outro projeto que envolve as pró-reitorias de Graduação, Extensão, Infraestrutura e Assistência Estudantil. Serão atividades de recepção e orientação aos calouros, como as direções dos cursos já costumam fazer. A intenção da UFSM é integrar e fortalecer essas ações. Para Burmann, esse projeto até pode ser integrado com o da prefeitura, mas o foco não é a junção na Saturnino.
O que for discutido nas reuniões será apresentado ao GGI-M. Nos próximos encontros, representantes dos estudantes podem ser convidados para discutir o tema.