A CPI da Petrobras retomará na tarde desta quarta-feira a discussão em torno do parecer final apresentado na segunda pelo relator Luiz Sérgio (PT-RJ). O petista, que não tinha a intenção de recomendar indiciamentos, acabou sendo pressionado a rever sua posição.
Nesta quarta, a expectativa é que o PSOL apresente um parecer paralelo e os oposicionistas apresentem emendas à redação final propondo o indiciamento da presidente Dilma Rousseff e dos ex-presidentes da Petrobras Graça Foster e José Sérgio Gabrielli.
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Após oito meses de trabalhos sem resultados significativos, o relator apresentou um parecer confuso, acabou acatando o pedido de indiciamento de ao menos 70 pessoas (entre empreiteiros, funcionários e ex-funcionários da estatal envolvidos no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato), mas sem deixar claro quem seria efetivamente responsabilizado pelo esquema de corrupção na estatal. Nenhum político investigado foi mencionado.
Luiz Sérgio propôs alterações na lei de delação premiada, poupou Dilma, Graça, Gabrielli e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ainda fez críticas à Lava-Jato.
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- É verdade que precisamos destacar a importância da Lava Jato no combate à corrupção, mas não podemos ser ingênuos a ponto de achar que tudo o que foi feito até agora está dentro da estrita normalidade. Pela própria magnitude que tem, é impossível acreditar que houve rígido controle e absoluta isenção em todas as etapas ocorridas até agora - diz o relatório do petista.
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