Líderes partidários avaliaram que a conclusão da reforma ministerial é só o primeiro passo para a reconstrução da base do governo no Congresso. É quase unânime a constatação de que a presidente Dilma Rousseff se colocou na linha de frente para melhorar sua relação com o Legislativo. Contudo, ninguém dá certeza de que os novos ministros garantirão todas as vitórias que o Palácio do Planalto precisa.
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O maior desafio reside na Câmara dos Deputados. O presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mantém-se na oposição, apesar de ter melhorado sua relação com a presidente nas últimas semanas. A interlocutores próximos, Cunha afirmou que a reforma ministerial não provoca nenhuma alteração na sua conduta. Ele também avaliou que a troca de cadeiras atendeu mais o PT que o PMDB, pois finalmente Aloizio Mercadante deixou a Casa Civil.
Dentro do PMDB, no entanto, a influência de Cunha sobre a bancada deverá ser abalada pelo fortalecimento do líder Leonardo Picciani (RJ), que conseguiu indicar dois ministros sem provocar sequelas.
- Ele soube ouvir a bancada, até mesmo os oposicionistas - disse o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR). Quem é o novo ministro da Ciência e Tecnologia
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Dos 66 deputados do partido, só 22 se posicionaram contra, mesmo assim só fizeram isso quando as indicações já eram um fato consumado. Nos demais partidos, a avaliação é de que o "ambiente melhora", mas é preciso esperar quais serão os próximos passos do governo.
- Dilma cumpriu uma etapa importante, mas ainda estamos no começo do processo de retomada da governabilidade - disse o deputado Rogério Rosso (DF), líder da bancada do PSD, que possui 34 integrantes. - Só vamos saber se deu certo mesmo quando conseguirmos vitórias importantes em votações.
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* Estadão Conteúdo