A defesa de Edelvânia Wirganovicz solicitou à Justiça que ela seja julgada sozinha no processo sobre a morte do menino Bernardo. O pedido de cisão do julgamento foi protocolado na semana passada pelo novo advogado da ré, Jean de Menezes Severo, que assumiu o caso em 21 de setembro.
Não há prazo para que o Judiciário se manifeste sobre o pedido, que representa uma mudança de estratégia na defesa de Edelvânia. A tática consiste em antecipar o júri da ré porque, segundo o advogado, há "elementos para conseguir a absolvição". Severo não detalhou, porém, quais seriam eles.
Juiz pede remoção e estará fora do Caso Bernardo
Empregada diz que viu arma em cofre de Boldrini no dia da morte de Odilaine
O advogado diz que também pesa no pedido a situação de saúde "debilitada" que Edelvânia estaria apresentando na prisão. Em agosto, o juiz de Três Passos, Marcos Luís Agostini, decidiu que os quatro réus no processo (além da Edelvânia, também foram denunciados pelo assassinato o irmão dela, Evandro Wirganovicz, o pai do menino, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini) vão a júri popular.
Juiz pede remoção e estará fora do Caso Bernardo após sentença
Acusada de homicídio triplamente qualificado, Edelvânia foi peça chave para que se desvendasse o assassinato. Dias após o desaparecimento de Bernardo, ela revelou detalhes do crime em depoimento à Polícia Civil, o que levou agentes até a cova onde o garoto havia sido enterrado.
A corrente que Bernardo uniu
As falhas na rede de proteção que não salvou Bernardo Boldrini
Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu em abril de 2014, em Três Passos, no noroeste do Estado. Seu corpo foi encontrado 10 dias depois, em Frederico Westphalen, a 80 quilômetros de Três Passos, dentro de um saco plástico e enterrado às margens de um rio.
* Zero Hora