A presidente Dilma Rousseff classificou como histórica a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, ao Brasil, pelo formato inovador que inaugurou os trabalhos do mecanismo de consulta de alto nível entre os dois países.
- A visita atesta a solidez e cooperação bilateral. Diante dos cenários de incerteza quanto à recuperação da economia, sabemos o quanto é importante essa parceria - afirmou Dilma, em declaração à imprensa após o encontro com a chanceler alemã no Palácio do Planalto, em Brasília.
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Dilma avaliou que ela e Merkel coincidiram na importância de ampliar o comércio bilateral, com exportações de maior valor agregado por parte do Brasil, e relatou ter reafirmado a posição do governo brasileiro de continuar o acordo entre União Europeia (UE) e Mercosul.
- Esperamos a troca de ofertas ainda em 2015. Ressaltei ainda as oportunidades de investimentos alemães no Brasil, especialmente em infraestrutura e em energia elétrica - afirmou a presidente brasileira.
Dilma pediu que empresas alemãs participem dos processos licitatórios no país, tanto na segunda etapa das concessões do programa de investimento em logística, quanto nos investimentos em energia, "com foco em energia renovável e energia elétrica nos chamados grids inteligentes".
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- Reitero o convite para que alemães participem do programa de investimento em logística - disse.
Cooperação ambiental
A presidente citou a "concordância" dos dois países em cooperação ambiental e o compromisso brasileiro de redução de 36% nas emissões até 2020. Segundo ela, é uma meta que "estamos cumprindo adequadamente". Dilma repetiu as metas anunciadas para 2030 que serão ratificadas na reunião sobre o clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em dezembro, como restauração e recuperação de 12 milhões de hectares, o desmatamento zero e a neutralização de carbono associada ao fim da supressão (desmatamento) da Amazônia.
A presidente brasileira pediu o fim de barreiras sanitárias para produtos agropecuários brasileiros e ainda defendeu a posição conjunta brasileira e alemã pela reforma do Conselho de Segurança da ONU.
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- Além dessa pauta bilateral, Brasil e Alemanha dialogam permanentemente sobre grandes temas globais. Brasil e Alemanha concordam que reforma do Conselho de Segurança da ONU é tarefa inadiável. Defendemos tornar o conselho mais representativo do mundo multipolar em que vivemos.
Dilma e Merkel seguiram ao Palácio do Itamaraty para um almoço em homenagem à chanceler alemã oferecido pelo governo brasileiro. Após o encontro, a líder do país europeu retorna à Alemanha e Dilma tem, em sua agenda, um encontro com o presidente da Ford na América do Sul, Steven Armstrong.
A comitiva de 12 ministros alemães, liderados pela chanceler Angela Merkel, chegou na quarta-feira ao país para uma visita oficial que tem na agenda, entre outros temas, a reforma do Conselho de Segurança da ONU e parcerias em áreas de meio ambiente e mudanças climáticas.
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*Estadão Conteúdo
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