Mais de 2 mil clientes da Corsan em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre, ainda aguardam a isenção do pagamento da conta de água de julho - mês em que duas enchentes atingiram a cidade, levando prejuízo e sujeira para dentro das residências. Há famílias que nas contas anteriores gastavam menos de R$ 100 com água e, em julho, para tirar o barro de suas casas, desembolsaram mais de R$ 500, diz a prefeitura.
Um mês após chuvaradas, famílias ainda lidam com prejuízos e medo
É a reclamação de Luiz dos Santos Fagundes (foto abaixo), 38 anos, morador do bairro Vila Ezequiel. Proprietário de um supermercado onde a água chegou na altura da terceira prateleira das gôndolas, ele viu a conta duplicar no último mês.
- Gastamos sempre cerca de R$ 120 com água, mas na última conta o valor veio R$ 189. É bastante para quem já perdeu bastante e está tendo outros tantos outros gastos em função da enchente - lamenta Fagundes.
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social, o prefeito do município, Gilmar Rinaldi (PT), entregou um ofício ao governador Sartori ainda em julho, solicitando a dispensa do pagamento da taxa de água. Mas o governo não teria se pronunciado. Na tarde da última segunda-feira, o prefeito se reuniu com o secretário estadual de Obras, Saneamento e Habitação, Gerson Burmann, que recebeu o pedido e se comprometeu a encaminhá-lo adiante.
Conforme a Secretaria de Obras, Saneamento e Habitação, o pedido foi encaminhado pela pasta à Corsan ainda na segunda-feira. Questionada sobre a possibilidade da isenção do pagamento para os atingidos, a companhia se limitou a dizer que "orienta que os moradores de Esteio que perceberem alguma diferença substancial em sua conta podem procurar a Unidade de Saneamento local para solicitar uma revisão da tarifa".
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Há dois anos, quando a cidade também foi fortemente atingida por inundações, o município conseguiu e a liberação do pagamento da taxa da água atingidos. O tempo de isenção variou entre quatro e seis meses, dependendo do prejuízo do cliente.
* Zero Hora