A Justiça Estadual soltou, na tarde de sábado, três pessoas presas na Operação Queijo Compen$ado, deflagrada no dia 16 de junho pelo Ministério Público Estadual. Elas são investigadas por fraude na produção de queijo. A libertação aconteceu um dia após promotores de Justiça protocolarem denúncia contra dez pessoas, por falsificação do produto e corrupção.
A soltura foi ordenada pelo juiz Daniel Paiva, de Três de Maio, cidade onde fica a Laticínios Progresso, fábrica-alvo da investigação. Foram soltos Eduardo André Ribeiro, que estava no presídio de Santa Rosa, Volnei Fritsch e seu filho Pedro Felipe Fristsch, presos em Ivoti (onde funcionava uma distribuidora da fábrica) e que estavam recolhidos no presídio de Montenegro.
Os três presos são sócios da empresa Laticínios Progresso e responderão processo criminal por formação de quadrilha, adulteração de produtos alimentícios, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica.
Juarez Antonio da Silva, advogado do trio de empresários, alegou que não havia necessidade de manter seus clientes presos, até porque estão empregados e não configuram ameaça ao processo. Ele admite que possa ter ocorrido mau acondicionamento de queijo, mas diz que a indústria não pode ser a única responsabilizada por problemas no produto. Um dos argumentos da defesa é que os derivados de leite sofrem mudanças ao longo do processo de fabricação, transporte e armazenamento.
- Se ocorreram irregularidades, foi por negligência, nada premeditado - argumenta Silva.
Os três empresários e outras sete pessoas vão responder ao processo em liberdade.
Outra gravação mostra que a Progresso comprava amido de milho para adulterar o produto:
Uma terceira escuta revela que cliente reclama da "catinga" do queijo:
*Zero Hora