A chegada dos imigrantes haitianos e senegaleses vindos em dois ônibus do Acre, prevista para a madrugada deste domingo, em Florianópolis, não se confirmou por causa de atrasos no deslocamento.
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De acordo com Célio Peixoto, gerente da Eucatur, empresa responsável pelo transporte, em Rio Branco (AC), os veículos saíram às 21h de quinta-feira (21), passaram por Porto Velho (RO), Campo Grande (MS), Dourados (MS), e por volta das 11h05min deste domingo (24), estavam em Presidente Prudente (SP), onde os passageiros desceram para almoçar. Caso não haja atraso, a previsão de chegada em Curitiba é às 20h, e 1h da madrugada em Florianópolis.
O operador de tráfego da Eucatur em Curitiba, Daniel Alves, disse que por volta das 18h um dos ônibus teve problemas mecânicos em Ponta Grossa e foi substituído. Também segundo o profissional da empresa responsável pelo transporte, o outro carro chegou a Curitiba às 19h15, onde fez uma parada e retomou a viagem às 19h50min de domingo. Por volta das 22h30min, os dois ônibus estavam em Joinville. A próxima parada dos dois ônibus é em Florianópolis à 1h da madrugada de segunda-feira, conforme previsto inicialmente.
Foi arrecadada 1 tonelada de roupas, toalhas de banho, cobertores, produtos de limpeza aos imigrantes.
Foto: Betina Humeres
Os dois primeiros ônibus levam 88 imigrantes haitianos e senegaleses. Ainda não se sabe quantos desembarcarão em Florianópolis, já que muitos ficarão em outros estados. A Capital catarinense possui uma estrutura para receber 46 pessoas no abrigo instalado no ginásio Capoeirão, na parte continental da cidade.
Peixoto afirma que os imigrantes destes dois primeiros veículos não seguirão para Porto Alegre. O fato de terem recebido passagens com a capital gaúcha como destino final seria por conta de um acordo entre a empresa e o Ministério da Justiça. Ele não sabe dizer quantos vão ficar em Florianópolis, e diz que outros três ônibus com imigrantes seguem do Acre para o Sul.
Foto: Divulgação
Por volta de 0h30min de domingo, a secretária municipal de Assistência Social da Prefeitura de Florianópolis, Silvia De Luca recebeu informação de que eles nem sequer haviam chegado ao Estado do Paraná e, com isso, não chegariam a Florianópolis antes da manhã.
A comunicação chegou à secretária municipal por meio da secretária de estado da Assistência Social, Ângela Albino, que recebeu telefonema do governo do Acre.
Com isso, a prefeitura de Florianópolis desmobilizou as equipes que estavam de plantão na rodoviária Rita Maria de madrugada desde a noite de sábado.
Os funcionários da Assistência Social estavam prontos para receber os estrangeiros e encaminhá-los para um abrigo provisório montado no ginásio Capoeirão, no bairro Capoeiras, no Continente.
Na rodoviária, estavam pelo menos 10 pessoas no aguardo dos ônibus da empresa Eucatur, que faz o transporte do grupo de haitianos e senegaleses. Além dos servidores municipais, havia integrantes da Pastoral do Migrante da Arquidiocese de Florianópolis, como o padre Joaquim Filippin e Tamajara da Silva. Eles pretendem fazer o acolhimento aos estrangeiros em Florianópolis, ajudá-los com a documentação e prestar o apoio e auxílio que for necessário.
- Soubemos desses percalços da longa viagem em razão da distância mesmo. No domingo vamos esperá-los e estaremos de prontidão para ajudar - disse o padre Filippin, em meio ao clima de informações desencontradas e poucas certezas sobre a situação atual e o futuro dos viajantes.
Abrigo em ginásio
No ginásio Capoeirão, nesta madrugada, já havia colchões na quadra prontos para acomodar os imigrantes, além de travesseiros e cobertas. Há também estrutura de alimentação para o grupo. Uma equipe da Guarda Municipal também estava no local.
