Começam a valer nesta segunda-feira as novas regras para financiar a casa própria pela Caixa Econômica Federal. Em geral, tornou-se mais difícil financiar o imóvel e especialistas já têm apontado o consórcio como uma opção.
Três medidas da Caixa causam impacto direto na decisão de quem pretende tomar crédito. A primeira delas é o limite de financiamento de imóveis novos, que passou a ser de 90% do total do valor. Além disso, para usados, o teto passou a ser de 50% do total do imóvel, dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), ou seja, imóveis que valem até R$ 750 mil nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. Nos demais Estados, o valor máximo é de R$ 650 mil.
Crédito para casa própria cai 5% no 1º trimestre
Como a redução do teto de financiamento da Caixa afeta quem quer comprar imóveis usados
A terceira medida engloba imóveis mais caros. Para usados acima de R$ 750 mil, enquadrados no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), o limite de financiamento passa a ser de 40% do valor total do imóvel.
As medidas foram anunciadas pelo banco público no fim do mês passado com o objetivo de driblar a falta de recursos no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, utilizados para liberar crédito pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). Na prática, a Caixa passa a liberar menos dinheiro para as operações, principalmente no caso de imóveis usados e mais caros.
Caixa Econômica reduz teto de financiamento para imóveis usados
Vale lembrar que, no caso do financiamento popular (Minha Casa, Minha Vida), as regras anteriores permanecem inalteradas. O mesmo vale para empréstimos concedidos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço(FGTS). No caso das operações feitas pela tabela Price, em que as parcelas aumentam progressivamente, o limite de financiamento pelo SFH já havia sido reduzido para metade do valor do imóvel.