O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, voltou a mencionar o nome do deputado José Otávio Germano (PP-RS) como envolvido no esquema de corrupção na estatal. Ele apontou o parlamentar gaúcho durante sessão da CPI da Petrobras nesta terça-feira, na Câmara.
Costa já havia citado Germano em depoimento de delação premiada. O gaúcho é investigado em dois inquéritos da Operação Lava-Jato que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). Em um deles, junto com outros cinco colegas do PP-RS, é suspeito de ter recebido uma mesada abastecida com recursos desviados da Petrobras.
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Na sessão da CPI, o ex-diretor respondeu sim ou não para uma lista de nomes lida pelo deputado Ivan Valente (PSol-SP). Confirmou o envolvimento de 28 no esquema, incluindo Germano, e disse não conhecer os outros cinco gaúchos investigados na Lava-Jato. Germano foi procurado e não respondeu até o fechamento da reportagem.
Apontado como receptor de parte da propina paga por empreiteiras para garantir contratos com a Petrobras, Costa admitiu que foi conivente com o esquema no momento em que sabia do cartel e da propina paga pelos contratos e não agiu para impedir.
O delator reproduziu relatos de empreiteiros envolvidos no esquema sobre as doações de campanha:
- Não existe almoço de graça.
Segundo ele, nenhuma empresa faz doações, mesmo que oficiais, sem cobrar por elas no futuro.