No levantamento com mortes de pedestres no Estado divulgado pelo Detran, Rio Grande totaliza 23 mortes e Pelotas 22 no período entre janeiro de 2013 e julho de 2014 - são as duas cidades do Interior com maior número de casos, atrás apenas de Porto Alegre no ranking gaúcho.
A frota de veículos em Rio Grande é de 103 mil, ou seja, um para cada dois habitantes. O secretário de Mobilidade Urbana e Acessibilidade, Edson Lopes, diz que duas faixas apresentam problemas na cidade. Em uma delas, a prefeitura estuda criar um bloqueio físico em parte da rua para que os pedestres sejam obrigados a cruzar somente na faixa.
Em Pelotas são 182 mil veículos em circulação, um para cada dois habitantes. Segundo o superintendente de Transporte e Trânsito do município, Flávio Al Alam, a população está mais consciente em relação às faixas. A mudança se deve principalmente às revitalizações das principais avenidas, como Ferreira Viana e Fernando Osório. "De três a quatro anos, houve maior implantação de faixas não semaforizadas, forçando os motoristas a diminuir a velocidade", afirma.
Ainda neste mês, a Prefeitura de Pelotas refez a pintura de faixas das principais vias. Entretando, em outros pontos falta sinalização, como na rótula das avenidas Domingos de Almeida e Juscelino Kubitschek de Oliveira. O fluxo de pedestres é principalmente de crianças, para o acesso a uma escola no local.
Atropelamentos com vítimas também ocorrem nas rodovias da Região Sul do Estado, como na BR-392. Mesmo com a duplicação de alguns trechos da estrada, ainda não há passarelas para pedestres. De acordo com o chefe da Delegacia Regional da Policia Rodoviária Federal (PRF), José Dourado, um mesmo trecho registrou sete óbitos de pedestres no ano passado. Já foram instalados mais radares e sinalização na tentativa de evitar novos casos.