Biológos e oceanólogos do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) liberaram nesta quarta-feira (17) um mergulhão. A ave adulta foi encontrada suja de óleo há duas semanas na Praia do Cassino - mesmo local onde foi solta.
No final da manhã de hoje, exames finais comprovaram que o mergulhão estava apto a ser devolvido à natureza. De acordo com a bióloga do CRAM, Aryse Martins, um animal sujo de óleo passa por diversos cuidados para ser, enfim, liberado. “A primeira coisa que fazemos é estabilizar o animal. Ele tem que estar saudável para tomar banho e retirar o óleo”, disse. O banho é feito com água morna e detergente de uso doméstico. Só após a limpeza, a ave marinha consegue a impermeabilidade das penas – o que ocorre naturalmente.
Também no CRAM, quatro pinguins-de-magalhães aguardam os últimos dias de recuperação. Eles devem voltar ao mar na próxima semana. “Dois chegaram com ferimentos, um deles com desidratação e outro com sinais de óleo no corpo. Eles estão quase aptos para seguir viagem até a colônia de reprodução, que fica na Patagônia”, disse a bióloga.
Nesta terça-feira (17) o Centro recebeu novos pacientes: duas tartarugas-verdes. Os animais foram encontrados na Praia do Cassino em monitoramento do Projeto Tartaruga Marinha no Litoral Sul. Elas chegaram magras, desidratadas e com sinais de impactação pelo lixo nos mares, segundo Aryse Martins. “Elas estão se reidratando com soro, mas podem ficar até seis meses em tratamento”, completou. Outras duas tartarugas-verdes, encontradas no litoral de São José do Norte, também recebem cuidados.
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