O Ministério Público Federal (MPF) deve encaminhar nos próximos dias o ofício em que são solicitadas explicações formais referentes à decisão da UFSM de suspender o processo seletivo vestibular na instituição já a partir de 2015. De acordo com o MPF, questões referentes a possíveis prejuízos aos estudantes estão entre os questionamentos que serão encaminhados à universidade: a decisão de extinguir o vestibular foi tomada em 21 de maio, um dia antes do prazo final para as inscrições no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que agora é a única porta de entrada para a instituição.
Os estudantes que quiserem concorrer a uma vaga para 2015 terão que passar pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que leva em conta apenas a nota obtida no Enem. Além do prazo apertado para que os candidatos realizassem as inscrições, o MPF também quer saber como fica a situação de quem está realizando o processo seriado, no qual os vestibulandos realizam as provas em três anos. A UFSM garantiu que quem já iniciou o processo terá direito de conclui-lo.
À parte, entidades empresariais da cidade devem ingressar na Justiça também pelo mesmo propósito: João Marcos Adede Y Castro, advogado contratado para representar as entidades empresariais, afirma que decisão de extinguir o vestibular fere a segurança jurídica. O reitor da UFSM, Paulo Burmann, garante que a extinção do vestibular foi embasada juridicamente.