O sábado foi de mobilização dos rodoviários em Porto Alegre. Muitos funcionários de empresas de ônibus marcaram seu posicionamento, à espera de uma resposta patronal, permanecendo em frente às garagens dos coletivos.
Leia mais:
Sindicato garante vans escolares até meados de fevereiro
Fortunati libera veículos escolares para transporte público
Rodoviários decidem manter greve em Porto Alegre após assembleia
Manifestantes fazem protesto no centro de Porto Alegre em apoio à greve
A reportagem passou por três companhias, a Carris, localizada na Albion, bairro Partenon, a Sudeste, na Saldanha da Gama, bairro São José, e a Conorte, que fica na Rua dos Maias, no Rubem Berta. Os trabalhadores estavam sentados à entrada dos três locais.
- Vamos seguir com a mobilização enquanto não houver uma resposta patronal. Eles (proprietários) não estão preocupados se tem ônibus nas ruas. Se estivessem preocupados, nos chamavam para negociar _ afirmou Wenceslau Machado, integrante da comissão de negociação e motorista da Carris.
Herlon Santos, cobrador, afirmou que os proprietários do Consórcio Operacional Zona Norte (Conorte) colocaram ônibus especiais nas ruas para tentar buscar funcionários para trabalhar:
- Tentaram ver se alguém queria vir, mas não conseguiram. A mobilização segue firme.
Enquanto isso, as paradas de ônibus na Capital estavam vazias, incluindo a Estação Mercado Público. Não havia grandes filas de passageiros para embarcar nos lotações, no Centro. Os únicos ônibus que a reportagem viu circulando eram da Região Metropolitana.
Paralisação segue total
Sem avanço nas negociações com os empresários, os rodoviários decidiram, em assembleia no Ginásio Tesourinha na noite de sexta-feira, manter a paralisação por tempo indeterminado. Eles criaram uma comissão grevista, com lideranças em todas as garagens, para manterem a mobilização.
Se for necessário, piquetes serão formados em frente às empresas, segundo os sindicalistas. Os representantes das permissionárias afirmam que não têm como oferecer outra proposta sem o reajuste da tarifa de R$ 2,80.
Também neste sábado, o prefeito José Fortunati anunciou a liberação de veículos escolares para o transporte público. As linhas serão definidas até a tarde deste domingo. O preço cobrado será de R$ 4,20, o mesmo dos lotações.
Reivindicações
A greve foi definida em assembleia da categoria. Os rodoviários querem 14% de aumento, reajuste do vale-alimentação de R$ 16 para R$ 20 e manutenção do plano de saúde, sem desconto no salário. Porém, as empresas oferecem 5,56% (reposição integral da inflação no ano, segundo o INPC) e querem coparticipação financeira dos empregados no plano de saúde.
Acompanhe a cobertura ao vivo: