A manhã desta terça-feira foi marcada por uma manifestação no Centro de Santa Cruz do Sul, no Vale do rio Pardo. Um grupo de cerca de 50 vigilantes, contratados pela empresa terceirizada Proservi Serviços de Vigilância, está desde as 7h em frente à sede do Banco do Brasil exigindo melhores condições de trabalho.
Segundo Paulo Lara, presidente do Sindicato de Vigilantes de Santa Cruz do Sul, a paralisação seguirá até que a empresa atenda as reivindicações da categoria, e a manifestação deve se estender ao longo desta terça-feira.
- Se a empresa não cumprir o que deve, amanhã retornamos - afirma o presidente.
Vigilantes de Venâncio Aires, Rio Pardo, Passo do Sobrado e Vale do Sol também aderiram à causa.
De acordo com o presidente, a empresa paga o vale refeição e o vale transporte semanalmente, mas os funcionários exigem que os benefícios sejam pagos em uma única parcela.
- Há muito tempo estão enrolando a categoria. Temos que ligar para a empresa e exigir que paguem os benefícios. É sempre assim - destaca Lara.
Entre as reivindicações também está o pagamento de férias aos funcionários:
- Já aconteceu recebermos o pagamento de férias 20 dias depois que voltamos ao trabalho.
Diogo Hamilton, diretor comercial da Proservi, empresa responsável pelos serviços, afirma que não existe atraso de salários ou de benefícios:
- Fomos surpreendidos por essa greve geral promovida pelo sindicato da região. Eles querem antecipação de vale transporte e refeição, mas não existe descumprimento. Pagamos semanalmente, mas os funcionários querem o pagamento mensalmente e isso não está previsto.
Segundo Hamilton, a empresa já entrou na justiça contra o sindicato e aguarda resposta:
- Eles não viabilizaram uma negociação, não notificaram a empresa e já mobilizaram os funcionários para paralisar os serviços. Não é uma manifestação legítima. A empresa está se sentindo impotente, mas já buscamos os recursos para resolver, temos provas de que está tudo regular.
Cerca de 50 vigilantes manifestam em frente à agência do Banco do Brasil
Foto: Patrícia Schuster/Divulgação
Vigilantes reivindicam pagamento antecipado de benefícios e férias
Foto: Patrícia Schuster/Divulgação