Os Desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiram manter a prisão de dois envolvidos na fraude do leite: Daniel Riet Villanova de Ronda Alta e Larri Lauri Jappe de Horizontina. O denunciado da cidade de Ronda Alta havia ingressado com o pedido de habeas corpus alegando que a prisão é ilegal. Porém, a Justiça negou a ordem de soltura. Já o réu Larri Lauri Jappe ingressou com o pedido de soltura, alegando que não foi comprovada sua autoria e materialidade do delito. No entanto, a Justiça entendeu que há indícios suficientes que comprovam a autoria da fraude.
Entenda o Caso
A Operação Leite Compensado foi realizada pelo Ministério Público (MP) no interior do Rio Grande do Sul. No início do ano, foi descoberta uma fraude que pode causar problemas de saúde. De acordo com os promotores, atravessadores adicionavam ureia no leite para mascarar a adição de água durante o transporte entre a propriedade rural e as indústrias. As análises comprovaram a presença de formol, substância cancerígena. Na primeira etapa, a operação foi realizada nas regiões de Horizontina, Ibirubá e Guaporé. Nove pessoas foram presas e sete ficaram na cadeia, sendo seis em Ibirubá e um em Guaporé. Nos dois núcleos, 14 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público e o judiciário aceitou 13, que viraram réus. Foi proibida a comercialização de leite de vários lotes de sete marcas: Hollmann, Goolac, Só Milk, Italac, Líder, Mumu e Latvida.
Na segunda etapa da Operação Leite Compen$ado, as buscas ocorreram em Rondinha, Boa Vista do Buricá e Horizontina. No total, foram cinco presos. Três foram soltos após delação premiada.