Sob vaias e gritos de golpista, o presidente do Conselho Universitário (Consun) e atual reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), César Borges, deixou a Casa dos Conselhos - onde está sendo realizada a primeira reunião para definir a lista tríplice que será encaminhada para a aprovação do Ministério da Educação. O grupo de conselheiros, que está reunido desde o início da manhã desta quarta-feira, fez uma pausa para o almoço e deve retomar as discussões a partir das 14h30min.
A reunião do Consun é mais uma etapa da disputa acirrada que divide a atual administração e oposição na tentativa de garantir a indicação do nome do futuro reitor da universidade. Enquanto a situação defende a abertura de um edital, os oposicionistas querem a homologação da consulta feita à comunidade acadêmica.
Na eleição, a chapa do o professor Mauro del Pino venceu a do atual vice-reitor Manoel Moraes, candidato apoiado por César Borges. O resultado daria o direito de o grupo da oposição indicar os três nomes para a aprovação do MEC. Porém, por lei, quem define a indicação é o Conselho - que pode escolher entre referendar ou não as eleições.
Pela manhã, o professor da faculdade de Odontologia e membro do Consun, Flávio de Marco, solicitou que fosse feita uma votação ainda nesta quarta-feira para definir se o Conselho aceita o resultado da consulta informal. A decisão, que é contrária a proposta de César Borges - sobre abrir um edital para que professores interessados em ser reitor se inscrevam - será tomada nesta tarde.
A reunião é realizada a portas fechadas e o voto de cada membro do Conselho é secreto. Do lado de fora cerca de 300 estudantes, professores e técnicos administrativos pressionam para que o resultado da consulta informal seja aprovado. O grupo de manifestantes atribui qualquer outra decisão que seja tomada a um golpe na democracia. Eles deverão permanecer no local até o final da reunião.
Sul do Estado
Conselho Universitário da UFPel deve decidir nesta tarde se mantém resultado das eleições para reitor
Em reunião marcada por protestos, oposição e atual administração tentam garantir a indicação do nome do futuro reitor ao MEC
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