A obra do novo hospital para atendimento a pacientes com coronavírus, em Porto Alegre, será entregue nesta quinta-feira (28), 30 dias depois do início da construção. Com investimento de R$ 10,4 milhões, a estrutura resulta de uma parceria entre as empresas Gerdau, Ipiranga, Zaffari e Hospital Moinhos de Vento.
A unidade tem 60 leitos em um espaço anexo ao Hospital Independência, na Avenida Antônio de Carvalho. A expectativa é de que o atendimento médico comece em meados de junho. Os serviços serão voltados exclusivamente a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
A maior parte do investimento é feita com recursos da Gerdau e da Ipiranga — R$ 4,2 milhões por empresa. O Zaffari aportou R$ 2 milhões. O Hospital Moinhos de Vento, por sua vez, além de atuar na gestão do projeto, fornece materiais e medicamentos para a operação. Já a gestão do hospital será da Rede de Saúde Divina Providência.
A Gerdau também repassou todo o aço usado na obra, que teve início em 29 de abril, segundo Luiz Fernando Medaglia, líder de inovação da empresa. Em nota, a companhia menciona que o projeto foi desenvolvido em "tempo recorde na história da construção hospitalar no Brasil".
— O momento exige colaboração. A união de esforços fez com que entregássemos um projeto nobre para a sociedade em tempo recorde. Construímos um legado — afirma o executivo da Gerdau.
A nova unidade oferecerá atendimento 24 horas. Posteriormente, o espaço será entregue para administração da prefeitura de Porto Alegre. Assim, passará a integrar a rede pública da Capital.
Para finalizar os trabalhos em cerca de um mês, as empresas envolvidas no projeto aderiram a uma técnica chamada de construção modular. Funciona assim: módulos são produzidos em uma fábrica e, no local da obra, são encaixados uns aos outros. Seria como uma espécie de jogo em que é preciso montar as peças.
A responsável pela estratégia é a construtora catarinense Brasil ao Cubo. A técnica modular permite a entrega de empreendimentos com velocidade quatro vezes superior à de um projeto comum.
— Buscamos um método inovador para deixar um legado para a cidade depois da pandemia — pontua Medaglia.