Um método que agiliza processos será usado na corrida para a ampliação de leitos de internação em Porto Alegre. Chamada de construção modular, a tecnologia ajudará na edificação, prometida para ser concluída em apenas 35 dias, de um anexo ao Hospital Independência, na zona leste da Capital, com novos 62 leitos.
Para a missão, os empresários doadores de mais de R$ 10 milhões da nova estrutura à prefeitura de Porto Alegre — Gerdau, Ipiranga e Zaffari — escolheram a construtora catarinense Brasil ao Cubo. A empresa prometeu fazer a obra de forma seis vezes mais rápida do que o convencional.
De acordo com a empresa, o hospital sairá 90% pronto da sede da fábrica, em Tubarão:
— É uma grande obra fatiada em fatias menores. Quando a gente diz módulo, as pessoas podem confundir, mas não é só a estrutura que vai. Já sai daqui cerâmica, elétrica, água, tudo pronto de fábrica, pintado. É só montar — explica Ricardo Mateus, fundador da Brasil ao Cubo.
A estimativa é de que até o dia 15 de maio todos os módulos sejam levados de Santa Catarina para Porto Alegre em carretas. Eles começaram a ser fabricados ainda na terça-feira (28). Ao chegar na Capital gaúcha, as peças serão conectadas de forma a não parecer que antes eram separadas e os sistemas de água, luz, gás e esgotos ligados. Também precisam ser instalados todos os equipamentos hospitalares e móveis.
O aço usado nos módulos está sendo fornecido pela Gerdau, uma das doadoras do hospital de Porto Alegre. A companhia foi quem sugeriu o uso do modelo de construção modular. A mesma parceria entre a Brasil ao Cubo e a Gerdau permitiu a construção de quarenta leitos em um centro de tratamento contra o coronavírus em São Paulo, em tempo ainda menor: 20 dias.
A prefeitura afirma que o anexo ao hospital estará pronto até o início de junho. Além dos 62 leitos distribuídos em dois andares, o projeto também permite a ampliação e construção de um terceiro andar. O anexo ao Hospital Independência será exclusivamente para tratamento de covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS).