Após não conseguir a vaga por equipes em Paris, a ginástica olímpica masculina do Brasil viveu mais uma derrota nesta quarta-feira (31) quando Diogo Soares, 22 anos, ficou em penúltimo lugar na final do individual geral.
Apesar dos resultados, o paulista vê a modalidade em ascensão no país e acredita que os ginastas brasileiros voltarão mais fortes nos Jogos de Los Angeles, em 2028.
— A ginástica masculina brasileira está crescendo muito. Começou com o Arthur Zanetti, com a primeira medalha olímpica (ouro nos Jogos de Londres, em 2012), e isso serviu de aprendizado para a ginástica inteira do Brasil. Depois teve o Diego Hypólito e o Arthur Nory (prata e bronze, respectivamente, nos Jogos do Rio, em 2016) e as medalhas de Mundiais também. Então, acho que a ginástica está crescendo muito. Infelizmente, a gente acabou não vindo com a equipe para cá por muito pouco — disse o atleta a Zero Hora.
No último Mundial da modalidade o Brasil não se classificou na prova por equipes da ginástica masculina por apenas um décimo. Reconhecendo que o momento atual da ginástica feminina é melhor, Diogo Soares acredita que os atletas masculinos devem se inspirar nas meninas, bronze em Paris na prova por equipes.
— As meninas também não tiveram em Tóquio uma equipe, mas treinaram muito e batalharam para estar aqui e conquistar essa medalha em Paris, e gente vai fazer isso também. Vamos voltar para casa, se espelhar nas meninas e voltar ainda mais forte — completou.
Após alcançar apenas o 23° lugar entre 24 competidores na final individual, Diogo disse que ficou em uma colocação ruim porque arriscou movimentos de maior dificuldade para tentar terminar no topo.
— Eu não poderia ter feito nada melhor, fiz tudo que cheguei para fazer. Os erros acontecem, mas eu queria arriscar e ter realmente uma chance de ficar entre os 10 e, se possível, ficar entre os cinco. A gente não sabe como é a competição, e eu arrisquei. Teve muitas coisas que eu acertei que com certeza vão fazer diferença no meu futuro e algumas coisas que eu errei, mas agora é voltar para o ginásio e treinar, pois isso vai servir de aprendizado para as próximas — finalizou.
O Brasil briga por medalha na ginástica novamente nesta quinta (1º), com Rebeca Andrade e Flávia Saraiva na final do individual-geral feminino. Ao longo da semana, o Brasil ainda disputará medalhas individuais com Rebeca (solo, salto e trave), Júlia Soares (trave) e Arthur Nory (barra fixa).