Desde sua estreia nos Jogos Olímpicos, em 1952, a Seleção Brasileira não participou do evento em cinco ocasiões. A mais recente ocorre em Paris 2024, quando o Brasil não obteve uma vaga no torneio de futebol masculino ao terminar o Pré-Olímpico da Conmebol na terceira posição.
Apesar de ostentar uma das camisas mais icônicas do futebol mundial e ter conquistado sete medalhas ao longo da história — dois ouros (Rio 2016 e Tóquio 2020), três pratas (Los Angeles 1984, Seul 1988 e Londres 2012) e dois bronzes (Atlanta 1996 e Pequim 2008) —, a Seleção Brasileira também ficou de fora das edições de 1956, 1980, 1992 e 2004, realizadas em Melbourne (Austrália), Moscou (Rússia), Barcelona (Espanha) e Atenas (Grécia), respectivamente. GZH recorda as ausências brasileiras:
Melbourne 1956
Durante o período de 1900 a 1956, quando todas as nações tinham a oportunidade de participar, os brasileiros só competiram uma vez, na edição de 1952 realizada em Helsinque, na Finlândia. Neste ano, não houve interesse da CBD em colocar a Seleção no torneio olímpico.
Moscou 1980
O Brasil participou do Pré-Olímpico na Colômbia, buscando uma das duas vagas disponíveis. Sob o comando do técnico Jaime Valente, a equipe contava com jogadores como o zagueiro Mauro Galvão, do Inter, o meia Dudu, do Vasco, e o atacante Anselmo, do Flamengo. No entanto, não conseguiu se classificar.
Os brasileiros terminaram a competição em quinto lugar. Embora tenham iniciado com uma vitória por 2 a 1 sobre a Venezuela, sofreram derrotas expressivas nos jogos seguintes, incluindo uma derrota por 3 a 0 para o Peru e uma goleada por 5 a 1 contra os anfitriões colombianos.
Barcelona 1992
Nesta edição dos Jogos Olímpicos, foi introduzida a regra de que apenas jogadores sub-23 poderiam disputar a competição. No Pré-Olímpico, realizado no Paraguai, o Brasil, sob o comando do técnico Ernesto Paulo, contava com um grupo formado por muitos atletas históricos do futebol brasileiro.
A equipe incluía jogadores como o meia Marcelinho Carioca, ídolo do Corinthians, e os laterais Cafu e Roberto Carlos, ambos campeões mundiais em 2002. Além deles, havia o talentoso meia Dener, da Portuguesa, considerado um craque na época, mas que faleceu em 1994 em um acidente de carro.
A Seleção Brasileira venceu o Peru por 2 a 1 e o Paraguai por 1 a 0. Após uma derrota por 2 a 0 para a Colômbia, precisava de uma vitória por pelo menos dois gols de diferença sobre a Venezuela, mas conseguiu apenas um empate por 1 a 1 e foi eliminada.
Atenas 2004
O técnico Ricardo Gomes também tinha um conjunto de excelentes opções para disputar o Pré-Olímpico, desta vez realizado no Chile, buscando vaga Olimpíada de Atenas. O grupo de estrelas contava com jogadores como Diego e Robinho, que foram campeões brasileiros pelo Santos em 2002, além do goleiro Gomes e do lateral-direito Maicon, que conquistaram a Copa do Brasil de 2004 e o Brasileirão de 2003 com o Cruzeiro. Nilmar e Daniel Carvalho, se destacando pelo Inter, e Dagoberto, representando o Athletico-PR, também faziam parte do elenco.
Os jovens brasileiros avançaram para o quadrangular final, iniciando com uma derrota por 1 a 0 para a Argentina, posteriormente campeã olímpica na Grécia. Após perderem para os argentinos, conseguiram uma vitória por 3 a 1 sobre o Chile, mas acabaram derrotados por 1 a 0 pelo Paraguai no jogo decisivo, resultando na não obtenção da classificação para os Jogos Olímpicos.
Paris 2024
Contando com o jovem Endrick, do Palmeiras, como o principal jogador, Seleção Brasileira precisou superar uma série de desfalques no torneio. Por não se tratar de uma data Fifa, as equipes não eram obrigadas a liberar seus jogadores, então os principais sub-23 ficaram de fora.
A Seleção terminou a primeira fase do Pré-Olímpico na liderança do Grupo A, com três vitórias e uma derrota para a Venezuela, utilizando um time reserva. Porém, no quadrangular final, o time comandado por Ramon Menezes estreou perdendo para o Paraguai, mas depois venceu os Venezuelanos. Na rodada decisiva, a derrota por 1 a 0 para a Argentina culminou na eliminação.