Em busca de uma vaga nos Jogos de Paris, em 2024, o Brasil foi derrotado pelo Paraguai, por 1 a 0, na estreia do quadrangular final do Pré-Olímpico, nesta segunda-feira (5), no estádio Brigido Iriarte, em Caracas. A seleção canarinho ainda tem mais duas partidas para buscar a classificação, contra a anfitriã Venezuela, na quinta-feira (8), às 20h; e diante da Argentina, no domingo (11), no mesmo horário.
Mesmo com o retorno do time titular depois da derrota para a Venezuela no encerramento da fase de grupos — quando já estava classificado — o Brasil esteve longe de uma boa atuação na primeira etapa. Mauricio, do Inter, e Ronald, do Grêmio, começaram no banco.
O Paraguai chegou mais próximo do gol adversário desde os primeiros minutos. A primeira boa chance brasileira surgiu somente aos 14 minutos, quando Endrick driblou o goleiro Ángel Gonzáles, mas ficou sem ângulo para finalizar e preferiu o cruzamento, sem endereço certo.
Aos 24, o Paraguai assustou com Leguizamón, que aproveitou cruzamento e bateu fraco para a defesa de Mycael. Logo depois, Endrick, que concentrava toda a criatividade brasileira, foi derrubado na área por Flores. Ele mesmo cobrou o pênalti, e a bola explodiu em Gonzáles. Cerca de um minuto depois, o jovem do Palmeiras tentou se redimir da falha com um chute de fora da área, perigoso, à direita da goleira.
Os paraguaios eram melhores na bola área. Aos 32 minutos, Mycael adiou o primeiro gol depois defender uma cabeçada que tinha rumo certo. O Brasil até tentou responder, aos 42, com Endrick, que, na pura individualidade, abriu espaço para se conectar com John Kennedy. O atacante do Fluminense desperdiçou a oportunidade.
A vantagem do Paraguai no ar se confirmou aos 46, com Peralta, que completou, de cabeça, o levantamento — popular "balão"— de Vieira para abrir o placar: 1 a 0 para o Paraguai.
Quem dominou o segundo tempo não foi nem o Brasil, nem o Paraguai. Foi o marasmo. A partida se arrastou e, do lado brasileiro, o ritmo arrastado teve sequência. As poucas incursões da seleção ao campo paraguaio eram baseados em jogadas individuais. Não houve, contudo, ameaças reais à goleira de Ángel Gonzáles.
Aos 33 minutos, o técnico Ramon Menezes tirou Endrick que, mesmo do Palmeiras e não do Botafogo, era a estrela solitária da equipe. Giovane entrou no lugar do jovem que já tem contrato assinado com o Real Madrid, mas nada feito. O time seguiu com sustos voadores nas bolas aéreas do rival e, na sua vez de atacar, faltavam as jogadas trabalhadas e a assertividade no penúltimo e último passes.
Quando faltavam um minuto para se encerrar o tempo regulamentar, Marquinhos levantou bola para a área, e Lucas Frasson cabeceou para fora, no lance mais agudo da etapa. Com cinco minutos de acréscimo, nada conseguiram os garotos de Ramon Menezes.