Representantes das federações internacionais e comitês olímpicos nacionais pediram nesta terça-feira (5) a admissão, "o mais rápido possível", dos atletas russos e bielorrussos sob bandeira neutra, oito meses antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, segundo um comunicado publicado após a 12ª cúpula olímpica.
Esta cúpula, realizada a portas fechadas na sede do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Lausane (Suíça), já tinha iniciado em 2022 a reintegração sob algumas condições dos atletas de Rússia e Belarus. E de maneira mais geral permite estabelecer posições maioritárias dentro do mundo olímpico.
E o sinal deste ano é bem claro: a presidente da comissão de atletas do COI, a finlandesa Emma Terho, também "expressou sua aprovação a este pedido" das federações e dos comitês olímpicos nacionais (CON), explicando que, "globalmente, a grande maioria dos esportistas tem a opinião de que os atletas não deveriam ser punidos pelas ações de seus governos".
Desde março, o COI insiste que decidirá uma eventual admissão dos russos e bielorrussos "no momento apropriado", mas Terho acrescentou que "a clareza sobre este assunto seria apreciada pelos atletas, porque os Jogos Olímpicos de Paris estão se aproximando", segundo o comunicado.
Por sua vez, o COI se limitou a "confirmar que a participação desses atletas individuais neutros nos Jogos só poderá acontecer sob condições estritas", fixadas em março para seu retorno às competições internacionais: sob bandeira neutra, excluindo os esportes por equipe, e desde que não tenham apoiado de forma ativa o conflito na Ucrânia.
"Nem o sistema de classificação (para os Jogos de Paris) elaborado pelas federações internacionais, nem o número de vagas dedicadas a cada esporte serão modificados para os atletas neutros que tenham um passaporte russo ou bielorrusso", continuou o COI, sem informar quando tomará sua posição.