Primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica em um esporte individual, a brasiliense Ketleyn Quadros será a porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio. A judoca, de 33 anos, da Sogipa desfilará na próxima sexta-feira (23), ao lado de Bruninho, capitão da seleção brasileira de vôlei masculino, no desfile que marca o início das Olimpíadas.
— Uma emoção muito grande, uma vida dedicada ao esporte. Ter o privilégio depois de 13 anos de participar de uma segunda Olimpíada, sendo a terceira judoca a ser porta-bandeira do Brasil ao lado do Bruno. É uma honra muito grande representar cada um dos atletas, dos brasileiros. Parecia que esse dia não ia chegar nunca (Abertura). Eu gosto muito da (Cerimônia) Abertura de participar de tudo que tem nos Jogos. Pensei que não existiria essa possibilidade. Então foi mais uma conquista que eu recebi com muita gratidão, de estar em cada um dos judocas, cada um dos brasileiros, de despertar o espírito olímpico que tem em cada uma das pessoas. É uma alegrai enorme, uma felicidade muito grande. Já me emocionei bastante porque nesse período tão difícil (pandemia) a gente tem que saber comemorar as vitórias diárias — afirmou atleta da categoria meio-médio.
Depois do bronze em Pequim-2008, Ketleyn acabou não conquistando vaga para os Jogos de Londres-2012 e do Rio de Janeiro-2016. E isso foi decisivo para que ela procurasse a Sogipa e passasse a defender o clube gaúcho, que tem quatro medalhas olímpicas no judô e que em Tóquio terá cinco judocas.
— Não imaginava ser escolhida (porta-bandeira). Nós estamos acostumados a ser melhor um pouco a cada dia e as coisas vão acontecendo, especialmente quando se faz com amor. Fico muito feliz de representar o Rio Grande do Sul que me acolheu, cada um dos atletas brasileiros. É uma jornada. Apesar de ter ido à primeira Olimpíada 13 anos atrás, foram 13 anos de muita luta, de obstáculos e isso me fez amadurecer. Eu fico muito feliz de ter passado todo esse processo, para estar onde estou, vivendo esse sonho, essas conquistas. É um momento de gratidão. É um caminho que não é fácil, mas que vale a pena fazer o que se ama. É uma consequência de uma vida dedicada ao esporte. Não consigo expressar o tamanho dessa alegria de fazer parte da história do esporte brasileiro e isso só me dá orgulho e confiança— disse emocionada.
Em Tóquio, Ketleyn Quadros tentará conquistar sua segunda medalha olímpica no dia 27 de julho.