A decisão anunciada pelo COI e pelos organizadores do Japão não foi surpresa. Em meio a uma pandemia, era óbvio que isso ocorreria. Claro que a demora é o que mais incomodou a comunidade esportiva mundial e até aqueles que mal sabem qual a periodicidade dos Jogos Olímpicos.
Nós, jornalistas, temos o dever de trabalhar com informações e baseados nelas emitir opiniões. Ainda em fevereiro cheguei a escrever aqui em ZH que tudo se encaminhava para tal, depois que os primeiros casos chegaram à Europa. Na época, na coluna No Pódio, conversei com alguns atletas brasileiros que passam o ano espalhados pelo mundo, algo que é usual para o programa Gaúcha 2020 da Rádio Gaúcha - sábados, às 13h30min.
Pois bem, o tempo foi passando e a epidemia virou pandemia e ousei a escrever em 13 de março a seguinte coluna: "Suspensão dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 é inevitável". E essa foi uma das frases que foram utilizada pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, após receber duras críticas e até ameaças de boicote de países como Canadá e Austrália caso os Jogos de Tóquio fossem mantidos para o período de 24 de julho a 9 de agosto.
Fiquei feliz em "prever o futuro"? Não. Mas sei que cumpri minha parte de tentar alertar sobre o que viria. E é desta forma que vamos seguir. Agora Tóquio 2020 acontecerá em 2021. Mas até lá #FiqueEmCasa.