Antes mesmo da Olimpíada do Rio começar, uma reportagem do site The Guardian colocou uma sombra sobre a competição do boxe masculino por conta de uma suposta manipulação de resultados que estaria acontecendo, envolvendo países como Azerbaijão, Venezuela, entre outros.
Lutadores se recusaram a comentar, treinadores disseram não ter conhecimento de nada, mas uma personalidade do boxe trata a questão como realidade após os primeiros confrontos da modalidade nos Jogos: Acelino Popó Freitas, ex-campeão mundial e ídolo da nobre arte no país.
– Está tendo (manipulação de resultados). Estamos vendo isso agora, ao vivo para o mundo todo, e nosso país está comprovando isso. Isso acontece muito. As pessoas que fazem isso não têm filho, não têm família, não sabem o que o país está passando, o que representa uma vitória. Isso tira o sonho de muitos lutadores – disparou Popó, na zona mista do Pavilhão 6, no Riocentro, onde é disputado o boxe na Olimpíada.
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Após o triunfo de Robenilson de Jesus na estreia contra Fahem Hammachi (Argélia), ele apoiou o atleta tupiniquim e desabafou durante sua passagem pela zona mista, discordando de juízes que não viram a vitória clara do brasileiro e apontaram um triunfo na decisão dividida.
– Nossos brasileiros estão preparadíssimos. Foi uma luta dura que Robenílson pegou, mas é uma luta que é ele, o adversário e os árbitros. Só tem que lutar contra isso agora – afirmou o ex-pugilista.
O ex-atleta conversou com Robenilson após a vitória e orientou o pugilista a "bater mais" em sua próxima luta, "para não deixar dúvidas" quanto ao resultado e não correr riscos em relação à arbitragem.
Mesmo diante de um possível escândalo, Popó acredita em um bom resultado do boxe brasileiro na Olimpíada Rio-2016.
– A minha concepção é que teremos quatro medalhas. Em Londres foram três, então não podemos regredir – afirmou.
*LANCEPRESS