O atual presidente da Federação Russa de Atletismo, Dmitri Chliakhtine, acredita que a Rússia possui 50% de chances de disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. É uma previsão otimista, mas que não dá garantia de que realmente veremos Yelena Isinbayeva no Rio de Janeiro.
Ainda suspensa por um dos maiores escândalos de doping da história do esporte, que envolve de órgãos governamentais a autoridades esportivas, a Rússia ainda poderá ficar de fora dos Jogos no atletismo. Porém, o mais preocupante é que, se essa pena for confirmada, poderemos ter um desdobramento maior.
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Em algumas modalidades, os russos já estão eliminados, mas por deficiência técnica, como o basquete masculino e feminino, que outrora foi potência e que sequer obteve vaga para disputar os torneios pré-olímpicos que ainda serão realizados.
A União Soviética, num primeiro momento, e outros países do falido Bloco Socialista foram potências por muito tempo em virtude de investimentos estatais e também por sistemas de dopagem. Vale lembrar que a antiga Alemanha Oriental sempre encabeçou listas de resultados suspeitos e que diversos casos vieram à tona com o fim da nação do Leste. Alguns maus hábitos ainda persistem, como esses e outros do atletismo russo e até mesmo de halterofilistas da Bulgária, esta sim proibida de vir ao Rio por diversos casos registrados na modalidade, nos últimos anos.
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Esporte limpo é um ideal. Por isso, devemos aplaudir todas as medidas que tentem combater as formas ilícitas de burlar os resultados, sejam elas no futebol, no tênis, no atletismo, no ciclismo e levantamento de peso, apenas para citar alguns onde já se teve conhecimento de problemas.
Mesmo que possa parecer ingênuo, espero que o ideal olímpico ressuscitado pelo Barão Pierre de Coubertin, em que o prazer cavalheiresco de competir independentemente do resultado, a lealdade e a generosidade possam sim prevalecer não só no esporte, mas no nosso dia a dia.
*ZHESPORTES
