Nem o Incrível Hulk, nem o Galo Forte Vingador, nem os gritos de “eu acredito” em um estádio lotado, nem nenhum outro personagem foi capaz de tirar o título da Copa do Brasil do Flamengo. Após vitória por 3 a 1 na partida de ida, o time carioca venceu por 1 a 0 neste domingo (10) contra o Atlético-MG. O placar em Belo Horizonte, na Arena do Galo, foi o suficiente para garantir o pentacampeonato rubro-negro, igualando a marca de conquistas do Grêmio. O recorde de títulos da competição segue com o Cruzeiro, com seis.
O triunfo dá sequência a uma era vitoriosa do Flamengo iniciada em 2019. Nas últimas três edições da Copa do Brasil, duas foram conquistadas pelo clube. No período, ainda abocanhou duas taças do Brasileirão e outras duas da Libertadores. Se falar em Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e campeonato estadual.
A final foi liquidada instantes depois de o Atlético-MG ter chegado o mais próximo que conseguiu de marcar e elevar a temperatura do confronto. Com direito a bate-rebate e furada na pequena área, aos 36 minutos do segundo tempo, o Flamengo puxou contra-ataque que congelou as esperanças atleticanas. O equatoriano Gonzalo Plata marcou e colocou seu nome na extensa galeria de heróis da Gávea.
O gol desencadeou momentos de confusão. Os torcedores do Atlético-MG atiraram objetos em direção aos jogadores do Flamengo. Dois rojões explodiram no gramado. Nada que, no final, afetasse a festa carioca. O gol foi um reflexo do desempenho dois dois times durante a partida. Houve também confusão entre jogadores.
A necessidade do Atlético-MG não fez dos donos da casa a equipe mais perigosa no primeiro tempo. A demanda atleticana de ter de, ao menos, igualar uma desvantagem de dois dois concedeu ao Flamengo espaço. Os cariocas exploraram as lacunas abertas nas imediações da área adversária.
Foram três boas oportunidades. Gabigol tentou, primeiro em chute cruzado. Depois, Arrascaeta, de peixinho, jogou para fora após Wesley cruzar da linha de fundo. Evertton, de média distância, parou no goleiro Everson.
Apesar de martelar durante todo o primeiro tempo, a equipe mineira teve problemas para ingressar na área rubro-negra. As melhores oportunidades surgiram em chutes de fora da área, sempre com Hulk. Nos dois, o goleiro Rossi teve dificuldades e soltou os dois arremates, mas faltou um pé atleticano para abrir o placar.
Flamengo confirma o título
Sem o zagueiro/lateral Lyanco e o volante Otávio e com Saravia e Alan Kardec. Assim o Atlético-MG retornou para a etapa final. Esperando um adversário ainda mais ofensivo, Felipe Luis tirou Gabigol e colocou Bruno Henrique para jogar com profundidade e velocidade.
A troca quase resultou em gol. Aos 6, Bruno Henrique disparou às costas da defesa e saiu na frente de Everson. O goleiro levou a melhor no mano a mano. Na sequência, os donos da casa viveram o seu melhor momento em campo até então. Conseguiram pressionar por 10 minutos, mas sem sucesso nas finalizações. Logo depois, Everson precisou salvar nova tentativa de Bruno Henrique. Instantes se passarem para o goleiro se atirar nos pés de Michael, evitando a movimentação no placar. Eram sinais claros que a taça pegaria o avião com destino ao Rio de Janeiro. O gol de Plata, mais adiante, foi o emblema da tarde em Belo Horizonte.