O Brasil volta a campo nesta sexta-feira (6), às 22h, para encarar o Equador, em Curitiba, na retomada das Eliminatórias. Será a primeira partida na caminhada para a Copa do Mundo de 2026 sob o comando de Dorival Júnior. O Desenho Tático de Zero Hora projeta as alternativas que o treinador tem para montar a equipe após a campanha decepcionante na última Copa América.
Dorival trouxe novidades na lista de convocados para a rodada dupla de Eliminatórias diante de Equador e Paraguai. Os atacantes Estêvão, do Palmeiras, e Luiz Henrique, do Botafogo, foram chamados pela primeira vez. Outros quatro jogadores que não estavam na Copa América integraram a lista inicial: o goleiro Ederson, o volante André, o meia Gerson e o atacante Pedro. Pedro acabou cortado por lesão e dando lugar a um estreante: João Pedro, do Brighton. Mais uma mudança na convocação inicial foi a Lucas Moura, do São Paulo, chamado para o lugar de Savinho, cortado por lesão.
A lesão de Pedro abriu caminho para que Endrick possa ser titular contra os equatorianos. O jovem de 18 anos formou o ataque com seus companheiros de Real Madrid Vinicius Junior e Rodrygo no treino de quarta-feira. O quarteto de frente foi completado com o meia Lucas Paquetá. André foi novidade ao formar a dupla de volantes com Bruno Guimarães e João Gomes indo para a reserva.
Maior mobilidade no meio-campo
A entrada de André no lugar de João Gomes dá maior mobilidade ao meio-campo. Bruno Guimarães revelou que os volantes ganharão liberdade para pisar na área de ataque. Assim, não haverá um primeiro volante definido, a ideia é que eles rodem posições para gerar confusão na marcação equatoriana.
— Um time com muita movimentação, a gente não quer marcar posição, rodar o primeiro, segundo, até terceiro homem com o Paquetá, para dificultar a marcação deles. Vou ter mais participação no ataque, com liberdade para pisar na área — afirmou o jogador do Newcastle.
Aprimorar o posicionamento ofensivo é o principal desafio de Dorival Júnior. Esse foi o ponto fraco do Brasil na Copa América. Na eliminação para o Uruguai, por exemplo, a Seleção não conseguiu fazer valer a vantagem de jogar com um homem a mais no segundo tempo, quando a Celeste adotou uma postura defensiva. O Brasil também havia sofrido para superar a retranca da Costa Rica, na estreia, quando empatou sem gols.
Apesar da tentativa inicial com Endrick, Dorival encaminhou o time para enfrentar o Equador com mudanças. Na última atividade da semana, o garoto do Real Madrid deu lugar a Luiz Henrique, que entrou aberto pelo lado direito. Com isso, Rodrygo fez a função de centroavante.
O Equador terá nesta sexta-feira a estreia de um novo treinador, Sebastián Beccacece. O argentino é conhecido pelo perfil ofensivo e pela busca de impor intensidade em suas equipes. No entanto, por se tratar de uma estreia, é possível de que ele adote uma postura mais cautelosa, deixando que o Brasil tenha que assumir os riscos de ser o protagonista com maior posse de bola e ocupação do campo ofensivo.
Alternativas ofensivas
Caso o gol demore para sair, Dorival Júnior precisará buscar alternativas para tornar o Brasil mais ofensivo. Uma opção pode ser algo já utilizado por Tite durante a última Copa do Mundo, o recuo de Paquetá para segundo volante. Isso abre a possibilidade para a entrada de um jogador como o garoto Estêvão. Endrick como centroavante seria outra opção. Rodrygo, assim, passaria a ser o meia por trás de Endrick.
O Brasil é apenas o sexto colocado nas Eliminatórias e vem de quatro jogos sem vencer. Ainda que a campanha inicial tenha sido com Fernado Diniz, o fracasso na Copa América traz pressão para Dorival Júnior. Por isso é fundamental que o treinador mostre, já contra o Equador, que conseguiu tirar lições da má campanha no torneio continental. Se espera que a Seleção mostre alternativas de jogo diante dos equatorianos.